TSE: Voto impresso não deve ser implementado em 2022
De acordo com a Corte, mesmo que proposta passe no Congresso, não há tempo para ser efetivada nas próximas eleições
Um dos temas mais em alta hoje é a adoção do voto impresso auditável para as eleições. Há uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) sobre o assunto tramitando na Câmara. Mas, mesmo que ela seja aprovada, pode acabar não servindo para o pleito em 2022.
Em uma nota enviada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ao jornal Folha de S.Paulo no sábado (22), a Corte informou que a “implantação do voto impresso envolve um procedimento demorado”.
O texto sobre o tema em discussão na Câmara é de autoria da deputada Bia Kicis (PSL-DF) e determina que, “na votação e apuração de eleições, plebiscitos e referendos, seja obrigatória a expedição de cédulas físicas, conferíveis pelo eleitor, a serem depositadas em urnas indevassáveis, para fins de auditoria”.
No entanto, o TSE ressaltou que a implantação de uma nova urna necessita de uma licitação “pautada por rígidos trâmites administrativos e burocráticos”. Essa licitação não teria um prazo de duração especificado, “tendo em vista o tempo necessário para as especificações técnicas e a margem de imprevisibilidade decorrente dos procedimentos de qualificação e dos eventuais recursos administrativos e judiciais”.
Além disso, a Corte apontou que o sistema das urnas eletrônicas é “confiável e auditável em todos seus passos” e explicou que “a implantação do voto impresso envolve um procedimento demorado, embora não seja possível, neste momento, estimar sua duração”.