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Delegado vai pedir exame de sanidade mental do homem que matou o pai com mais de 50 facadas


Por: Alex Fernandes França
Data: 22/05/2020
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O caso aconteceu na madrugada de 14 de maio em Alto Paraná e chocou a cidade. Jovem de 27 anos, que confessou o crime, está preso na Cadeia Pública da cidade. 

Na semana passada um caso chocou a população de Alto Paraná e região. Um homem, de 27 anos matou o próprio pai a facadas. O crime ocorreu na madrugada de quinta-feira, 14 de maio. O rapaz, que antes residia em Ribeirão Preto e mais recentemente em Alto Paraná, estava completando idade nova ao que o pai decidiu então comemorar a data e realizou uma festa em homenagem ao seu filho. 

Duas convidadas que participaram dos festejos disseram à autoridade policial que o filho apresentava comportamento estranho e com falas desconexas durante todo o dia. Após  o fim das comemorações, o filho teria agredido violentamente o cachorro do seu genitor, o que causou uma briga entre ambos. As  convidadas do churrasco tinham ido para suas casas, mas ficaram apreensivas  com a situação envolvendo o animal e decidiram portanto retornar à casa do aniversariante ao que surpreenderam o filho desferindo várias facadas contra o pai,  e acionaram a polícia. A vítima, que era motorista de ônibus, tinha 47 anos. 

De acordo com o delegado Dr. Dimitri Tostes Monteiro, “quando os policiais chegaram ao local, o filho havia acabado de praticar o crime, desferindo grande quantidade de facadas, e ainda estava com a arma utilizada em mãos. O senhor já estava morto”, explicou. 

O autor acabou confessando ter praticado o crime e passou então a fazer afirmações sem sentido e desconexas da realidade. Ele já tinha antecedentes por agressão e violência doméstica. “Mesmo com o pai já sem vida, o jovem foi até o corpo da vítima e desferiu novas facadas”, disse o delegado. 

Possível inimputabilidade

Por conta de um possível problema mental não está descartada a tese do autor ser considerado inimputável. A imputabilidade é um dos elementos da culpabilidade, ela é capaz de isentar a culpa, ou seja, se não há culpa, dessa forma também não haverá crime.

“Os inimputáveis são aqueles incapazes de discernir seus atos, que cometem infração penal, porém no momento do crime era inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato, seja de forma absoluta ou relativa”, explicou Dr. Dimitri que pretende solicitar os exames de sanidade mental do autor para aferir se no momento dos fatos este tinha capacidade de discernimento. 

A Polícia Civil pretende concluir o Inquérito Policial até o dia de hoje (sexta-feira/22). “Os doentes mentais ou os que possuem o desenvolvimento mental incompleto ou retardado, e que no momento do delito, se encontravam em estado incapaz de compreender a ilicitude do ato são considerados inimputáveis, o que pode ter ocorrido neste caso. Os exames, que levam certo tempo para ficarem prontos é que vão nos confirmar essa tese”, finalizou o delegado de Polícia de Alto Paraná, Dr. Dimitri Tostes Monteiro.

 


Anuncie com Jornal Noroeste
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