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É política ou politicagem?


Por: José Antônio Costa
Data: 21/03/2024
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Em 2024, a política ganha espaço nas pautas e noticiários de todo país. No mês de outubro, as eleitoras e eleitores irão às urnas para escolher prefeitos e vereadores. O primeiro turno está marcado para o domingo, dia 6.  Eventual segundo turno, está marcado para 27 de outubro. Vale lembrar que, em eleições municipais, o segundo turno ocorre apenas em cidades com mais de duzentos mil eleitores em que um dos candidatos não conseguiu a maioria absoluta dos votos válidos, ou seja, 50% mais um.

Para quem gosta dos bastidores não há como negar que a política local mexe com os ânimos, desperta curiosidades. Para alguns é encarada como uma paixão, no entanto aos mais fanáticos é realmente um caso de amor que tem uma linha muito tênue que separa a relação com o ódio (o que não deveria existir).

A eleição de 2024, trará novas características e roupagens. No ano 2020, o Brasil enfrentava a pandemia, as pessoas estavam preocupadas com a vida e a saúde. O Congresso Nacional aprovou uma emenda à Constituição (PEC) alterando o calendário eleitoral devido a covid-19. Fomos às urnas no dia 15 de novembro, todos com máscara, mantendo o distanciamento e utilizando álcool em gel.

As características atípicas do pleito 2020 foram reveladas nas urnas com a maior taxa de reeleição de prefeitos desde o ano 2008, época em que os municípios e a economia estavam em cenário positivo, o que favoreceu a reeleição de 66% dos prefeitos (as) para continuidade dos mandatos.

         Atualmente estamos no momento da janela partidária. Isso significa que no período de 30 dias (7 de março a 5 de abril), vereadores e vereadoras podem trocar de partido sem prejuízo de perder o mandato e desta forma concorrer a eleição por outra sigla. No dia 5, também é o prazo final para filiação partidária.

Certo é que o eleitor deve analisar toda essa movimentação e chegar a outubro sabendo diferenciar a política da politicagem. Em linhas gerais a política é definida como a arte ou ciência de governar, com organização, direção e administração tendo em vista a obtenção de resultados desejados.

         Já a politicagem é a política de interesses pessoais, de troca de favores ou de realizações insignificantes. Na urna caberá aos eleitores tal diferenciação.

         E o que dizer da politicagem antiga, aquela que “contrata” cabos eleitorais “profissionais” para ficarem aos quatro cantos da cidade difamando a imagem do pré-candidato “Fulano” em proveito do “Beltrano”, mas atingindo também o “Sicrano”. Nas últimas eleições, a prática também esteve presente em redes sociais e grupos de WhatsApp. Tal atitude deve ser “aposentada”, pois não cabe para os dias atuais e só fomenta o aparecimento de maus políticos.

         Fato é que a eleição deste ano deverá ser pautada pela verdade, o que deveria ser um critério presente em todas as outras. Aqui vale a observação que não basta apenas a frase bíblica fora de contexto – “E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” – João 8:32, pois Jesus estava se referindo que a verdade de Deus deixa os homens livres do pecado. Mas vamos deixar para outro momento e talvez abordar por aqui como essa mistura nociva política e religião é prejudicial.

Em resumo, o povo está cansado de promessas vazias e falatórios inúteis. Vale lembrar que a crítica pela crítica não leva a lugar nenhum quando essa não vem acompanhada de ações ou mesmo formas de solução dos problemas apontados.

         Finalmente, como cidadão, espero dos pré-candidatos (as) mais atitudes políticas e menos politicagem!

“O meu ideal político é a democracia, para que todo o homem seja respeitado como indivíduo e nenhum venerado”.

Albert Einstein (1879 - 1955)

 

Físico e humanista alemão, autor da teoria da relatividade. Prêmio Nobel de Física de 1921.

 

José Antônio Costa


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