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A janela partidária e as mudanças na Câmara de Nova Esperança


Por: José Antônio Costa
Data: 11/04/2024
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A chamada janela partidária terminou na última sexta-feira, (5). De acordo com levantamento feito pelo Jornal Noroeste, cinco dos 9 vereadores da Câmara Municipal de Nova Esperança trocaram de partido nas últimas semanas.

É no período da “janela” que os vereadores podem mudar de partido sem correr risco de perder o mandato. Por todos os lados, partidos políticos promoveram uma correria na semana passada visando conquistar novos nomes e se reorganizarem. As mudanças ocorridas na Câmara revelam o cenário das articulações e refletem significativamente nos pretensos candidatos para o pleito de outubro.

Trocaram de partido: Baiano do Barão e Eurides Fernandes, que estavam no PP, e foram para o AGIR e PSD, respectivamente. O presidente da Câmara – Brayan Pasquini, até então no PSD, migrou para o PL. Dorival Boreggio, que estava no PSL foi para o MDB. Juliana Lucini deixou o PSD e agora está no PP.

Após as mudanças, é possível constatar que o AGIR se tornou o maior partido no Legislativo com três cadeiras: Baiano, Ellingthon e Pedro Moleza. O PSD ficou com dois vereadores: Eurides e Rozana. O MDB também terá dois vereadores: Boreggio e Zanolli. O PL ocupará a cadeira da presidência com Brayan Pasquini. Já o PP terá a vereadora Juliana Lucini.

Ao emplacar três vereadores, o AGIR ganhou força para a eleição municipal. O presidente estadual da legenda, Alexandre Discioli, esteve na cidade e cuidou das filiações. O mesmo aconteceu com o MDB, quando o deputado estadual Anibelli Neto, presidente estadual do partido, veio a Nova Esperança e assegurou dois vereadores na sigla. O deputado ainda comemorou na sexta-feira, (5) a filiação da ex-prefeita Maly Benatti, que se colocou como pré-candidata a prefeita pelo MDB.

O crescimento do AGIR que agora conta com três vereadores, juntamente com o MDB, com dois vereadores, evidenciam os esforços das legendas para ampliar a base visando as eleições de 2026. As duas legendas somam cinco vereadores e representam a oposição. Já a situação, ficou com quatro vereadores que representam as legendas PSD, PL e PP, as duas primeiras são comandadas pelo grupo do empresário Eduardo Pasquini (PL), enquanto o PP, pertence ao grupo do ex-vereador e ex-vice-prefeito Fábio Yamamoto.

Com a oposição em maior número a governabilidade pode ficar comprometida nesta reta final de mandato do prefeito Moacir Olivatti (PP). Para que ocorra a governabilidade na administração pública é necessário que exista uma boa relação entre Executivo e Legislativo.

As mudanças também representam que os vereadores e vereadoras estão buscando maior visibilidade e legendas que proporcionem mais recursos.

De certa forma a troca partidária exige também um pouco de operação matemática. Em 2020, o ex-vereador Carlos Roberto (União Brasil) foi o mais votado pelo Solidariedade com 734 votos, mas não foi eleito, pois a eleição para vereador é no sistema proporcional. “Nesse sistema, não se considera apenas a votação nominal (individual) da candidata ou candidato, mas também o total de votos dados ao partido ou federação (as federações partidárias são consideradas como um só partido político). O objetivo do sistema proporcional é fortalecer os partidos como instituições políticas”, conforme explica o site do TSE.

Ou seja, ser eleito vereador exige esforço e a compreensão de conceitos fundamentais do sistema proporcional que envolve o quociente eleitoral, quociente partidário e o cálculo da média.

A política é dinâmica. A cada nova eleição partidos políticos saem fortalecidos, outros enfraquecidos e alguns quase que esfacelados.  Os “fortalecidos” entram na moda, se tornam uma espécie de grife no mundo político. A exemplo de um jogo de estratégia, trocar de partido é “mexer a peça correta”, aquela que definitivamente ganha o jogo. Uma peça jogada errada comprometerá toda a carreira do jogador/ político.

 

“Na estratégia, decisiva é a aplicação”.

Napoleão Bonaparte (1769 a 1821), militar, líder político e estadista francês. Foi imperador da França.

 

José Antônio Costa


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