Semana que vem acontecerá o Feirão do Imposto, que é uma campanha nacional promovida pela Confederação Nacional dos Jovens Empresários, quando serão realizadas diversas atividades no sentido de informar e conscientizar a população sobre como e o quanto pagamos de tributos em nosso país, culminando no Dia D, que acontecerá no sábado, dia 25.

O Observatório Social de Nova Esperança, assim como nos dois anos anteriores, irá participar dessa empreitada, como parceiro da Acine Jovem, para levar informação aos nossos munícipes e despertar neles a responsabilidade, em face da importância do conhecimento e do exercício da sua cidadania.

O impostômetro apura quanto as esferas do governo arrecadam em tributos, sendo ele uma eficaz ferramenta que contabiliza os tributos arrecadados no Brasil, como impostos, taxas e contribuições, incluindo as multas, juros e correção monetária, tanto pela União, como pelos Estados e Municípios. Acessando o site https://impostometro.com.br/, qualquer pessoa pode ver, em tempo real, o valor arrecado em tributos pela União, Estados e também no seu Município ou em qualquer outro que queira fazer a comparação. 

Através dele, também é possível saber que cada pessoa precisa trabalhar 153 dias para pagar impostos e os tributos tiram do bolso do brasileiro cerca de 41,8% do seu rendimento. São cerca de 62 tributos que de forma direta ou indireta impactam as finanças do contribuinte e o pior é que, o maior valor arrecadado é sobre o comércio de mercadorias e esse atinge todos os brasileiros de forma linear, independente da sua classe econômica, criando uma enorme injustiça fiscal.

Porém, se pagamos um valor tão alto a título de tributos, queremos ver o seu retorno em forma de bons serviços prestados e de boa infraestrutura para empreendermos. O Estado não pode arrecadar impostos somente para sua automanutenção, é necessário que sejam feitos cortes desnecessários no orçamento, com o fim de mordomias e privilégios que os políticos e parte dos agentes públicos gozam.

A eficiência no gasto do dinheiro público também deve ser perseguida por nossos governantes, pois existem muitos gargalos por onde escoam o dinheiro e não permitem que ele chegue até a população. Sabemos que no Brasil gasta-se muito e gasta-se mal e as obras paralisadas por falta de dinheiro, pela corrupção ou por erros em projetos, são um exemplo disso.

Muitas mudanças devem ocorrer em  nosso país, que precisa urgente de reformas, tanto na previdência social, como tributária, política e no pacto federativo, para que o poder se descentralize e os municípios não fiquem tão dependentes do Estado e da União para conseguir recursos e, também, pelo fato que o munícipe está muito mais perto da prefeitura para poder fiscalizar os gastos e cobrar bons serviços, do que está de Brasília.

Temos urgência, pois já estamos atrasados. Aproveitando os atuais acontecimentos, é importante saber que, embora nos últimos anos tenha havido um aumento exponencial de recursos para a educação, de acordo com o Banco Mundial, o Brasil está entre os piores no ranking de qualidade de ensino educacional do mundo, e levaria 260 anos  para igualar o nível de qualidade de leitura dos estudante de países ricos e 75 anos em relação à matemática e estamos entre os últimos oito colocados no ensino de ciências. Isso nos mostra que os recursos não estão sendo bem investidos.

Por isso não temos mais tempo para perder e precisamos nos conscientizar da importância da nossa participação nos acontecimentos políticos e econômicos e procurar conhecer os fatos reais para não servirmos de massa de manobra. Se não ocuparmos nosso lugar outro ocupará. Se não falarmos o que queremos outros falarão por nós e, assim, estaremos delegando a defesa dos nossos valores mais preciosos para outros que, na maioria das vezes, não estão comprometidos com o nosso bem-estar e sim com o deles.

Por isso o título desse artigo: A prosperidade de um país se mede pela qualidade de seus cidadãos.