Entraves burocráticos e ajustes nas questões exigidas por órgãos ambientais culminaram com a demora na operacionalização do Laticínio. Grupo Vidativa/Qualitat pretende gerar 15 empregos iniciais e chegar a 60, à medida que o aumento da produção aconteça.  A Unidade será em Nova Esperança e está sendo muito aguardada por autoridades e a população. 

Após três anos de entraves burocráticos e exigências feitas por diversos órgãos ambientais, o grupo Vidativa/Qualitat poderá enfim colocar o Laticínio em funcionamento. Na segunda-feira (27) o diretor da empresa, Francisco Simionato foi recepcionado no gabinete do prefeito de Nova Esperança Moacir Olivatti para anunciar a boa nova. “Esperamos estar com tudo pronto no máximo até outubro deste ano. Ainda dependeremos da liberação do SIF (Serviço de Inspeção Federal) do Ministério da Agricultura. A documentação vai tramitar por lá e são eles que darão a palavra final. Esperamos iniciar a produção até o final de outubro. Terei dificuldades com a Unidade de Terra Boa, pois precisamos ampliar a produção de iogurtes e já são dois verões que esperávamos estar também em Nova Esperança e isto ainda não ocorreu. É imprescindível que em 2019 estejamos já produzindo. O compromisso com o município é de imediato criar 15 empregos diretos, porém a fábrica de Terra Boa conta com 89 funcionários. O restante está na parte comercial e distribuição. Imaginamos que quando a fábrica de Nova Esperança estiver produzindo 40 toneladas por dia, que é sua capacidade por turno, acredito que tenhamos entre 25 a 30 colaboradores trabalhando por turno”, explicou Simionato.

No laticínio de Nova Esperança será realizada a coleta do leite de produtores locais e da região, a industrialização de queijo muçarela e iogurtes.  “Nosso projeto é trabalhar com 20 mil litros de leite coletado por dia e ir crescendo; à medida que a demanda por produtos for aumentando, vamos ampliando a captação. No verão temos maior disponibilização de matéria prima, porém menor valor agregado do produto. No inverno, embora ocorra a escassez de matéria-prima, há um valor agregado melhor do produto”, explicou Francisco.

O prefeito de Nova Esperança Moacir Olivatti explicou as dificuldades para que o Laticínio, que já operou tempos atrás sob o comando de outro grupo econômico, voltasse às suas atividades, desta vez com a Vidativa/Qualitat. “Os vereadores acompanharam a luta e contamos com o apoio imprescindível do deputado estadual Tião Medeiros e seus assessores nesta empreitada no Instituto das Águas e no IAP (Instituto Ambiental do Paraná). Eles abriram as portas para que conseguíssemos resolver as documentações. Agradeço os vereadores, inclusive os da legislatura anterior que aprovaram o Projeto enviado pelo Executivo. Agradeço ao prefeito da época Gerson Zanusso e Secretário da Indústria e Comércio Jean Zanchetti, que iniciaram esta cessão de uso e correram atrás, preocupados com o retorno das atividades do laticínio e com a geração de empregos diretos e indiretos que, com certeza, virão. Com os entraves, cumprimos também nossa missão de desenrolar esse imbróglio que já se arrasta há três anos. Também meu agradecimento à Presidente da Câmara da época, Graça Bordim, que aqui se faz representada por seu esposo, Dr. Alfredo. Coisas boas para nossa cidade merecem ser comemoradas e o mérito é de todos os envolvidos”, salientou Olivatti.

Ao término da reunião, vereadores, representantes do setor leiteiro, agricultores, representantes da Emater e líderes dos mais diversos segmentos tiveram a oportunidade de conversar com Francisco Simionato, dirimir dúvidas e expectativas da empresa quanto ao panorama atual, uma vez que sua instalação representará um acréscimo substancial na geração de emprego e renda na comunidade, além da movimentação de toda a cadeia produtiva leiteira da região e o setor de prestação de serviços, que serão beneficiados com a operacionalização da Vidatuiva/Qualitat na cidade.