Semana passada, propositalmente, fiz uma brincadeira para levá-los à uma breve reflexão acerca da priorização dos nossos momentos de pausa e lazer, tudo isso para que hoje pudéssemos trabalhar sobre uma síndrome que tem sido mais conhecida e falada atualmente: a Síndrome de Burnout.

Também conhecida como Síndrome do Esgotamento Profissional, provavelmente, você já deve ter ouvido falar dela. O Brasil, segundo a International Stress Management Association (Isma), é o segundo país com mais casos de Burnout no mundo.  Desde 2022, quando foi reconhecida pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como uma doença ocupacional ou “estresse crônico de trabalho que não foi administrado com sucesso”, a síndrome recebeu notoriedade e passou a ser pauta de discussões. O reconhecimento da OMS permitiu que os mesmos direitos trabalhistas e previdenciários das demais enfermidades fossem destinados também aos profissionais com Burnout – mas já alerto que não é só comunicar o chefe que está esgotado para ficar em casa e receber os direitos, viu?!

Mas vamos às definições: Síndrome de Burnout ou Síndrome do Esgotamento Profissional é um distúrbio emocional que apresenta sintomas de exaustão extrema, estresse e esgotamento físico provenientes de situações trabalhistas desgastantes com contexto competitivo e de muita responsabilidade, ou seja, o excesso de trabalho é a principal causa. Podemos percebê-la comumente em profissionais que trabalham sob pressão e responsabilidades extremas – como médicos, enfermeiros, professores, policiais, entre outros – e, também, em profissionais cujo objetivos, planejamentos e metas do trabalho são muito difíceis, diversos ou, na mentalidade do profissional, impossíveis de atingir – por exemplo quando se trabalha como mente criativa ou criadora de algo.

Nervosismo, sofrimento psicológico e problemas físicos, como dor de barriga e tontura se enquadram como sintomas, assim como a falta de vontade de sair de casa ou cama. Além deles podemos citar: cansaço excessivo, físico e mental; dor de cabeça frequente; alterações no apetite e sistema gastrointestinal; insônia; dificuldades de concentração; sentimentos de fracasso e insegurança; negatividade constante; sentimentos de derrota, desesperança e incompetência; alterações repentinas de humor; isolamento; fadiga; dores musculares; e alteração nos batimentos cardíacos.

Todos esses sintomas, normalmente, aparecem de forma leve e tendem a piorar ao longo dos dias. Com isso, muitas pessoas acreditam ser algo passageiro, entretanto, é interessante e necessário que se tire dúvida com profissionais quando se nota algum sinal, afinal, pode ser temporário ou ser o início da síndrome. O diagnóstico pode ser alcançado no acompanhamento com psiquiatra e psicólogo e o tratamento é feito com psicoterapia e, em alguns casos, ministração de medicamentos, além de uma mudança nas condições de trabalho, nos hábitos e estilo de vida.

O Ministério da Saúde lista algumas formas de prevenção da doença: defina pequenos objetivos na vida profissional e pessoal; participe de atividades de lazer com amigos e familiares; faça atividades que "fujam" à rotina diária; evite o contato com pessoas "negativas", especialmente aquelas que reclamam do trabalho ou dos outros; converse com alguém de confiança sobre o que se está sentindo; faça atividades físicas regulares; evite consumo de bebidas alcoólicas, tabaco ou outras drogas, porque só vai piorar a confusão mental; não se automedique nem tome remédios sem prescrição médica. Boas estratégias contra o estresse e condutas saudáveis são os melhores caminhos, mas principalmente: descanso e equilíbrio!

REFERÊNCIAS:

Ministério da Saúde. Síndrome de Burnout. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/s/sindrome-de-burnout#:~:text=S%C3%ADndrome%20de%20Burnout%20ou%20S%C3%ADndrome,justamente%20o%20excesso%20de%20trabalho. Acesso em: 11 jun.2023.

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