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Meu filho não quer comer. Birra ou transtorno alimentar?


Por: Luiza Graziela Santos Dias
Data: 23/04/2019
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É normal a criança recusar determinados alimentos dos 2 aos 6 anos de idade, sendo muito comum os pais vivenciarem uma verdadeira novela na hora das refeições, cheias de cenas de birras, demora ao comer, levantar da mesa, jogar os alimentos, entre outros comportamentos. No entanto, quando a criança começa a apresenta esses comportamentos constantemente, só quer comer a mesma comida, recusa alimentos que não foram feitos em casa, não come fora de casa, escolhem os alimentos pelo cheiro, cor ou aparência, além dessa idade, é indicada uma avaliação com médico e psicólogo. Essa recusa alimentar pode estar associada ao transtorno alimentar seletivo ou transtorno alimentar restritivo evitativo, que normalmente se desenvolve na infância, quando a criança come apenas os mesmos alimentos sem grandes diferenciações. É comum que esse distúrbio seja visto pelos responsáveis como uma birra ou frescura para comer, porém, sendo classificado como um distúrbio é necessária atenção e avaliação especializada.

 

Alguns dos sinais de transtornos alimentares são:

• Só quer as mesmas comidas, comendo apenas 15 alimentos diferentes ou menos;

• Evita de qualquer maneira a ingestão de um alimento diferente;

• Torna as refeições momentos estressantes para toda família;

• Pode apresentar náuseas e vômitos ao se deparar com a necessidade de comer novos alimentos;

• Tem preferência por somente alimentos frios ou mornos;

• A criança pode preferir alimentos com sabor ou sabor suave, como pão, leite, macarrão;

• Em alguns casos é possível observar a preferência por determinadas marcas de alimentos;

• Não tolera o cheiro de determinado alimento, tendo que se retirar da cozinha ou da sala, e apresenta ânsia de vômito;

• Algumas crianças podem ficar ansiosas diante da comida, principalmente se for fácil se sujar, como por exemplo comidas com molhos, isso pode ser consequência da exigência da mãe na infância de não se sujar.

Sem o devido tratamento o distúrbio pode permanecer até a fase adulta. É importante lembrar que essa dificuldade em comer não gera somente problemas físicos, como deficiência nutricional, mas também gera sofrimento psíquico e por isso que o tratamento deve ser realizado por uma equipe com vários profissionais inclusive o psicólogo infantil. 

Luiza Graziela Santos Dias


Anuncie com Jornal Noroeste
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