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A criança e o divórcio


Por: Luiza Graziela Santos Dias
Data: 10/12/2019
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Diante da decisão de separação os adultos devem resolver toda a situação sem envolver a criança nas mágoas e discussões, entendendo que o que está se dissolvendo é o casamento, mas a maternidade e paternidade irão permanecer pelo resto da vida. O que muitas vezes os pais não percebem é que o filho já percebeu que algo estava errado, as crianças são muito sensitivas e percebem quando algo não está bem e muitas vezes a criança é tomada por dúvidas como:

- A culpa é minha?

- O que irá mudar?

- Onde vou morar?

Com essas dúvidas vem o medo de ser abandonada, esquecida ou trocada. Por isso, é importante que na tomada de decisão de separação, quando já há a certeza, que a criança seja comunicada. Para comunicar a criança é importante:

- Usar uma linguagem simples que ela possa entender;

- Evitar contar o motivo da separação, pois isso pode fazer com que a criança sinta obrigada a tomar partido;

- Ressalte que o que acaba é o casamento, que continuam sendo pai e mãe e que isso nunca irá mudar;

- Evite culpar o parceiro;

- Questionem a criança sobre suas dúvidas e as esclareçam.

A separação implica em grandes mudanças na rotina da criança e da família o que pode gerar confusão e sofrimento. Para tornar mais fácil é importante estabelecer uma nova rotina que garanta segurança à criança.

Mesmo com um processo de separação aparentemente tranquilo, a criança pode apresentar alguns comportamentos que precisam de atenção:

-Choro excessivo;

-Agitação;

- Medos incomuns da idade;

- Agressividade;

- Dores e doenças frequentes;

- Requer mais atenção que o comum;

- Baixo rendimento escolar;

- Ansiedade;

-Baixa autoestima;

-Culpa, entre outros.

É importante observar todo comportamento incomum da criança, esses comportamentos podem indicar sofrimento. Diante destes comportamentos é importante não se culpar e não tentar suprir a criança com presentes, ou de outras formas como sendo permissivos ou menos exigentes. No meu ver, o ideal é sempre buscar ajuda de um psicólogo para acompanhar a criança e aconselhar os pais.

Luiza Graziela Santos Dias


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