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O ato de educar e a inclusão


Por: Rogério Luís da Rocha Seixas
Data: 01/08/2023
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         Não é tarefa muito fácil, definir de forma fechada o ato de educar. A própria tarefa em si é muito complexa, além de extremamente importante. Para iniciar nossa reflexão e discussão nesta nova troca de ideias, descrevo o ato de educar como uma ação de estímulo, desenvolvimento e orientação das aptidões do ser humano, aperfeiçoando e aprimorando suas faculdades intelectuais, físicas e também morais. Alguns descrevem o ato de educar enquanto transmissão de conhecimentos. Ação de instruir a partir de um ensinar.

Possivelmente, estas descrições ainda não nos satisfaçam, mas partamos para um ponto que considero importante destacar nesta nossa reflexão: educar para incluir. Creio que seja indiscutível, a importância do ato de educar para a humanização e inclusão dos educandos na estrutura social e política de determinada sociedade. Deve-se considerar o ato de educar como essencial para a formação da cidadania e transformação das condições do meio social, através da educação cidadã dos educandos, visando a promoção de sua inclusão sociocultural e política, e por consequência, também visando promover o bem comum social. Penso que se deve concordar, com referência a dificuldade de inclusão dos indivíduos no meio social, a consequência negativa e nociva da intensa exclusão social, perpetuando maior desigualdade.

O ato de educar, expressa-se enquanto atividade humana das mais indispensáveis e necessárias, pois nos humaniza e busca preparar nossa integração uns com os outros, nos incluindo no mesmo mundo social. Desta forma, o ato de educar deve ser reconhecido como atividade que possibilita a constituição de indivíduos que venham a respeitarem uns aos outros, estabelecendo assim uma sociedade mais justa, igualitária e harmônica. Deve-se pensar e objetivar que incluir os indivíduos de modo humanizado no contexto social, permite exatamente a capacidade de se estabelecer uma sociedade mais humanizada, e pro consequência, menos violenta.  O educar nos humaniza, neste aspecto, refletir sobre o ato de educar e sua capacidade de inclusão, em realidade, passa pela reflexão sobre a nossa própria humanidade ou desumanidade.    

Rogério Luís da Rocha Seixas

Rogério Luís da Rocha Seixas é Biólogo e Filósofo Docente em Filosofia, Direitos Humanos e Racismo Pesquisador do Grupo Bildung/IFPR e-mail: rogeriosrjb@gmail.com


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