Ao escrever este artigo, penso que no geral, todos concordarão a importância da prática do futebol, não apenas no campo esportivo, mas também no social. Possui um valor de divertimento e instrução. Funciona como exemplo de comportamento de um corpo social. Neste aspecto, o que temos observado mais recentemente. Ações de violência racial nos campos da Europa, mais diretamente nos campos espanhóis. Algo comum aqui em nossa sociedade também. Mas quero ressaltar mais recentemente, as ações de violência praticadas por torcidas em São Paulo e Rio de Janeiro. Tal fato é alguma novidade. Obviamente que não! O que deve ser novidade é a forma de expressão desta violência enquanto o rosto da violência presente na práxis social.

Sem generalizar, muitos extrapolam no campo de futebol, frustrações, raivas, ódios, preconceitos e outras razões, promovendo formas de violência física e simbólica.   Os jogadores são hostilizados e agredidos fisicamente e moralmente. As estruturas dos estádios são destruídas. O confronto entre torcidas e destas com o corpo policial, tornam-se comuns. Tal situação, desfigura e destrói o valor da prática futebolística como esporte e mesmo divertimento, além de uma prática que deveria promover a união e não a desunião da violência.

Penso que estamos em um momento também propício, para tentar mudar este quadro. Buscar retirar qualquer tipo de violência dos estádios de futebol. Nos esforçando assim a agir no todo, para mudar o rosto mais especificamente de nossa sociedade, colocando neste o sorriso e a satisfação da paz e harmonia, do respeito e da solidariedade, da convivência pacífica e fraternidade. Tais atitudes devem ser trabalhadas tanto dentro dos campos e estádios de futebol, quanto principalmente fora destes e se intensificarem em todos os âmbitos e relações do corpo social.