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Em sua viagem rumo à terra prometida, os israelitas derrotaram Ogue, rei de Basã (Nm 21.31-35). Essa vitória foi tão impactante que Balaque, rei moabita, ficou amedrontado e angustiado, pois sabia que seu território seria atravessado pelos israelitas em seu caminho para Canaã (Nm 22.1-3). 

Balaque teve uma ideia: “E se eu trouxer um profeta para amaldiçoá-los? Quem sabe, assim, poderei vencê-los”. Aí entra em cena Balaão, filho de Beor, o qual recebe de Balaque uma proposta exorbitante em dinheiro para proferir maldições contra o povo de Deus. 

Os planos malignos de Balaque são frustrados por Deus. Balaão tentou, por três vezes, amaldiçoar os israelitas, mas o Senhor colocou palavras de bênção em sua boca (Nm 23.5-16; 24.2): “pois contra Jacó não vale encantamento, nem adivinhação contra Israel” (Nm 23.22). 

No entanto, entra em cena uma estratégia diferente. Um novo plano diabólico é posto em prática. Embora não tenha conseguido amaldiçoar os israelitas, Balaão conseguiu executar um plano para afastá-los de Deus. Ele ensinou “Balaque a armar ciladas contra os israelitas, induzindo-os a comer alimentos sacrificados a ídolos e a praticar imoralidade sexual.” (Ap 2.14 –NVI) – a doutrina de Balaão. 

Balaão percebeu que o próprio Deus se encarregaria de castigar o seu povo, caso a Sua aliança fosse quebrada. A ideia de Balaão com sua doutrina era fazer com que Israel abandonasse a lei de Deus, a aliança do Sinai. Números 25 nos apresenta a triste narrativa de que o povo de Deus pecou contra o Senhor: Permissividade sexual: Nm 25.1,6; Idolatria: Nm 25.2; Afronta às autoridades constituídas por Deus (Nm 25.6).

Nos dias do apóstolo João, a doutrina de Balaão estava sendo ensinada na igreja de Pérgamo. Falsos mestres se infiltraram na igreja e ensinavam que a graça de Deus dava a seu povo liberdade para pecar e conseguiram atrair pessoas às festas pagãs. Em outro lugar, Judas chamou isso de transformar “em libertinagem a graça de nosso Deus” (Jd 4). Infelizmente, a igreja de Pérgamo estava tolerando esses doutrinadores diabólicos. 

A doutrina de Balaão é a mentira de que os salvos podem viver como o diabo gosta. Ela ensina que a graça de Deus dá o direito de desobedecer à lei santa de Deus. Qualquer ensinamento que nos ensine que a salvação pela graça de Deus é para que possamos viver em pecado é um ensinamento venenoso, um falso evangelho que deve ser rejeitado. Não somos salvos por obras da lei, é verdade, mas somos salvos para as boas obras que Deus preparou de antemão para que andássemos nelas (Efésios 2.8-10).  

  É impressionante como essa narrativa de Números (21-25) é rica em aplicação para a Igreja de hoje. Como Israel, somos também peregrinos rumo à Pátria Celestial. Encantamentos, pragas, agouros não funcionam contra nós. Porém, muitos crentes têm se entregado ao mundanismo. Muitos continuam na igreja, mas estão se entregando e aprovando comportamentos sexuais pecaminosos; outros seguem adorando o dinheiro, a beleza física, ideologias políticas, e tantas outras coisas que tem ocupado o lugar de Deus em seus corações. 

Precisamos nos examinar com muita seriedade. Temos vivido segundo a doutrina de nosso Senhor Jesus ou segundo a doutrina infame de Balaão? É dever de todo cristão fazer um sincero autoexame e, ainda, zelar por sua santidade e comunhão com o Senhor. 

Azael Araújo

Azael Araújo


Anuncie com Jornal Noroeste
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