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A ASCENSÃO DE JESUS CRISTO


Por: Azael Araújo
Data: 01/11/2021
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Depois de lhes ter falado, o Senhor Jesus foi elevado ao céu e assentou-se à direita de Deus. (Marcos 16.19)

 

Hoje, vamos meditar num dos fundamentos mais importantes da fé cristã: a ascensão de Jesus Cristo. Você sabe o que significa a ascensão de Jesus Cristo, qual a sua importância para os cristãos e para toda a criação?

É comum a tendência de enfatizar o estado de humilhação, ou seja, a obra que Jesus realizou durante seus dias aqui na terra, e minimizar o estado de glória de Jesus e sua obra que ele realiza hoje à direita de Deus. Geralmente, somos cativados pela simplicidade da manjedoura ou meditamos na violência da cruz, mas ressaltamos pouco a ressurreição gloriosa e, menos ainda, a vitoriosa assunção aos céus para reinar. Precisamos corrigir isso. A ascensão também precisa ser enfatizada na nossa proclamação do evangelho de nosso Senhor.

Depois da sua ressurreição, nosso Senhor Jesus Cristo se manifestou aos seus discípulos por um período de quarenta dias, e, em seguida, Deus Pai o elevou ao céu, à vista dos seus discípulos, para a sua presença santa. Isso foi a ascensão de Jesus. Vejamos como Lucas registra a ascensão de Jesus em Atos 1.9: Tendo dito isso, foi elevado às alturas enquanto eles olhavam, e uma nuvem o encobriu da vista deles..

Jesus predisse sua ascensão em vários momentos. O apóstolo João, por exemplo, registra palavras de Cristo sobre isso, quando confortava seus discípulos: Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se assim não fora, eu vo-lo teria dito. Pois vou preparar-vos lugar. E, ainda, no mesmo capitulo de João: Em verdade, em verdade vos digo que aquele que crê em mim fará também as obras que eu faço e outras maiores fará, porque eu vou para junto do Pai. (João 14.2,12. Ênfase nossa. Ver também João 6.62; 16.5,10,17, 28; 17.5;20.17).

A importância e a grandeza desse acontecimento são excepcionais. Elevado ao céu, o Filho de Deus teve, em certo sentido, a restauração da sua glória que tinha antes da encarnação (Leia João 17.4,5; Filipenses 2.6-8). Esse fato histórico também marca o fim da obra terrena de Cristo e o início da sua obra celestial. Destacaremos aqui alguns dos aspectos mais importantes dessa obra celestial de Cristo.

Em primeiro lugar, Jesus foi elevado aos céus para assentar no trono à destra de Deus e assumir sua posição de Rei Supremo. O evangelista João Marcos destaca essa verdade na conclusão do Evangelho que leva seu nome: “Depois de lhes ter falado, o Senhor Jesus foi elevado ao céu e assentou-se à direita de Deus. (Marcos 16.19). Uma vez que Cristo está “à direita de Deus”, a ascensão comprova que Deus cumpriu sua promessa feita a Davi de que um de seus filhos assentaria no seu trono para sempre (2Sm 7.12-16, e outros). De lá, Cristo governa soberanamente sobre todas as coisas até que todos seus inimigos sejam colocados sob seus pés (1 Co 15.25, Ef 1.20-22). Então, o Redentor reinará sobre novos céus e nova terra.

Ao ser elevado e entrar no céu, Jesus foi declarado vitorioso e entronizado no lugar de mais alta honra. Os textos bíblicos referentes a Jesus Cristo como estando à direita de Deus, demonstram sua autoridade, vitória, honra, poder e glória. Talvez, a maior descrição dessa verdade foi escrita pelo apóstolo Pedro em sua primeira carta: que subiu ao céu e está à direita de Deus; a ele estão sujeitos anjos, autoridades e poderes. (1Pe 3.22 - Veja também Efésios 1.20; 4.8-10; 1 Timóteo 3.16).

Medite comigo: aquele que veio voluntariamente, em “estado de humilhação”, esvaziando-se, encarnando-se, sendo deitado numa manjedoura, fazendo-se pobre (2.Co 8.9), sofrendo, sendo tentado (mas sem pecado), sendo desprezado, perseguido, odiado, traído e morrendo morte de cruz para expiar pecados e salvar seu povo, agora é elevado, ou seja, volta ao Pai em “estado de exaltação”, após cumprir cabalmente a sua obra sacrificial perfeita. A sua ascensão ressalta o cumprimento de sua missão e, juntamente com sua ressurreição, é a declaração inequívoca de sua vitória e exaltação sem igual (Confira Filipenses 2.9-11).

Em segundo lugar, o Cristo assunto ao céu intercede por seu povo como sumo sacerdote perfeito. Jesus Cristo reina na qualidade de nosso vitorioso Redentor e Mediador da Aliança. Sobre isso, o autor aos Hebreus declara O mais importante do que estamos tratando é que temos um sumo sacerdote como esse, o qual se assentou à direita do trono da Majestade nos céus (8.1).

Como Sumo Sacerdote, Jesus Cristo intercede por sua igreja sendo acessível a todos que o invocam (Hebreus 4.14). Como Rei Sacerdote, juntamente com o Pai, Jesus derramou o Espirito Santo de maneira especial para conduzir, capacitar e consolar a igreja (João 16.7-14; Atos 2.33; Efésios 4.8-12). Cristo pastoreia sua igreja ajudando-a, protegendo-a, defendendo-a, fortalecendo-a para que a missão dela seja cumprida integralmente (Hebreus 4.16; 7.25; 13.6-8; Romanos 8.24; 1 João 2.1).

Fica claro, diante da glória de Jesus Cristo e de seu cuidado amoroso para com seu povo, que os crentes devem se alegrar com a posição que o Salvador assume com sua ascensão, à destra de Deus. Além disso, num certo sentido, na elevação do Salvador, fomos também elevados. Paulo declara, juntamente com ele [Jesus Cristo], nos ressuscitou, e nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus.” (Efésios 2.6). Isso quer dizer que, de alguma maneira maravilhosa, estamos reinando espiritualmente com Cristo por estarmos em união mística com Ele.

A ascensão de Cristo garante também a nossa própria ascensão física. O Rei Redentor quer levar seu povo para o mesmo lugar que Ele foi.  Jesus disse “... pois, vou prepara-vos lugar. E, quando eu for e vos preparar lugar, voltarei e vos receberei para mim mesmo, para que, onde eu estou, estejais vós também” (João 14.2,3). Assim, a ascensão também nos ensina que o lugar dos discípulos é com o seu mestre e isso acontecerá na sua segunda vinda (Confira 1 Ts 4.16,17).

Outra implicação da elevação em Cristo é que se formos perseverantes e fieis a Ele, reinaremos com Ele. De tal maneira que Jesus declarou: Ao vencedor darei o direito de sentar-se comigo em meu trono, assim como eu também venci e sentei-me com meu Pai em seu trono.” (Apocalipse 3.21; Veja também 2Tm 2:12). Por isso, devemos nos esforçar para viver a vida de pessoas exaltadas que Cristo confere por sua ressurreição e ascensão. Ao cristão, nenhuma vida é digna, a não ser a que é lá do alto. Somos “lá de cima”. Lá é nosso lar. Portanto, enquanto estivermos aqui, nossa vida deve ter um foco celestial, buscando as coisas lá do alto, onde Cristo vive:

Portanto, já que vocês ressuscitaram com Cristo, procurem as coisas que são do alto, onde Cristo está assentado à direita de Deus. Mantenham o pensamento nas coisas do alto, e não nas coisas terrenas. Pois vocês morreram, e agora a sua vida está escondida com Cristo em Deus. Quando Cristo, que é a sua vida, for manifestado, então vocês também serão manifestados com ele em glória.” (Colossenses 3.1-4).

A ascensão de nosso Senhor Jesus foi um acontecimento de imensa importância. Ela demonstra que sua obra terrena (expiação) foi perfeita e recompensada. Agora Ele trabalha com perfeição, reinando absolutamente e intercedendo por seu povo, enquanto a história avança rumo ao seu desfecho glorioso, quando o Rei Sacerdote retornará para julgar o mundo e buscar sua igreja para reinar com Ele em novos céus e nova terra. Que grande consolação para o povo de Deus!

 

Sermão ministrado no dia 31 de outubro de 2021, na Igreja Presbiteriana do Brasil em Nova Esperança.

 

Rev. Azael Araújo

Igreja Presbiteriana do Brasil Nova Esperança

rev.azaelaraujo@gmail.com

 

 

Azael Araújo

Azael Araújo


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