Um sonho virando cotidiano
Qual é a sensação de ser abordado na rua ou em um comércio por uma pessoa desconhecida? Medos, alegrias, tristezas, apreensão.
Você já passou por isso? Pois é!
No final de 2024 passei por duas situações que ainda não faz parte de meu cotidiano, mas que desejo muito.
Fui premiado duas vezes. A primeira quando meu livro Memórias de um tropeiro foi escolhido como melhor do ano de 2024, na categoria Não Ficção (biografias), pelo site Café com Chocolate. Foi muito gratificante receber essa honraria. A segunda vez, foi tão ou mais gratificante que o prêmio, pois foi através de uma fã.
Estava em uma lanchonete, quando para minha surpresa uma pessoa que não conhecia pediu para que eu tirasse uma foto com sua filha, pois eu sou escritor. A mãe repetiu o que a criança falou a ela: - “mamãe, eu quero tirar uma foto com o escritor do livro que a vovó tem em casa”. Mais que depressa me levantei e a foto foi tirada. A família publicou essa foto nas redes sociais e eu curti bastante esse momento.
Nós escritores esperamos esse momento do reconhecimento, seja a fala de pessoas que leram o livro e gostaram, ainda da indicação do livro para outras pessoas. São tantas as situações de que um escritor espera de pessoas comuns que passam na rua, que nos encontram em lanchonetes. Mas o principal que todo escritor deseja realmente é que seu livro tenha feito diferença na vida de uma pessoa. Que o livro possa ter aberto um caminho para o leitor tomar gosto pela leitura e continuar a ler. Se apaixonar pela leitura, seja de seu livro ou de tantos outros.
São publicados uma infinidade de livro diariamente e quando um livro nosso é vendido, recebe o reconhecimento através de um prêmio e aparece uma fã pedindo para tirar fotos, esse momento se torna mágico.
Gostaria de convidar vocês, queridos leitores, para uma reflexão desse ano que passou. Qual situação vocês esperavam que virasse um cotidiano, mas infelizmente não foi dessa vez?
Pode ser muitas respostas: Encontrar uma pessoa boa para viver a vida, um grande amor, um casamento, comprar uma casa, um carro, uma moto, até talvez uma bicicleta.
Todos nós temos o nosso sonho e ninguém deve podar esse sonho que alguém tenha. Seja nosso amigo ou parente, ele tem o direito de sonhar. Mas, daí vem o “mas”! Você que é um sonhador, que deseja que algo aconteça, tem que correr atras desse sonho para realizá-lo. Nada nessa vida cai do Céu. Temos que lutar. Trabalhar. Se dedicar a fazer algo para que esse sonho aconteça.
Como falei no início, tudo depende de movimentar-se em direção a esse sonho.
Vejamos esses dois casos relatados. Se eu não tivesse escrito o livro, nenhuma das situações ocorreria. Agora a situação da menina que queria tirar uma foto com o escritor. Ela falou para sua mãe o que queria e assim obteve o sonho de tirar essa foto. Eu também fiz um movimento de estar em uma lanchonete, que também poderia ter ocorrido na rua. Mas, na eventualidade de ter ficado em casa, a foto não seria tirada.
Caro leitor, faça a sua parte para que seja incorporado também seus sonhos, suas ambições, seus gostos, seus desejos em seu cotidiano.
Que nesse ano de 2025 possamos ter nossos sonhos realizados.