Pesquisa aponta tíquete médio de R$ 188,38 e revela que brinquedos seguem como principal escolha dos consumidores

O Dia das Crianças, comemorado em 12 de outubro, deve movimentar fortemente o comércio paranaense neste ano, segundo levantamento da Fecomércio PR em parceria com o Sebrae/PR. A pesquisa mostra que 48,1% dos consumidores pretendem comprar presentes para a data, índice superior ao registrado no Dia dos Pais (47,9%) em 2025.

Entre os entrevistados, 36,6% afirmaram não ter intenção de compras e outros 15,3% ainda estavam indecisos. A principal justificativa para não ir às lojas é não ter crianças na família, mencionada por 54,5%.

O tíquete médio projetado para este ano é de R$ 188,38. Brinquedos lideram a lista de preferências, com 61,7% das respostas, seguidos por roupas e calçados (29,1%), jogos educativos (26,1%) e livros (11,9%). Já os eletrônicos aparecem com apenas 4,9% da intenção de compras.

Relevância estratégica para o varejo

Para o coordenador de Desenvolvimento Empresarial da Fecomércio PR, Rodrigo Schmidt, a data confirma o peso das crianças nas decisões de compra.

“A pesquisa demonstra o protagonismo das crianças na escolha dos presentes no Paraná neste ano, mas também a participação dos pais na definição, através de recordações mais utilitárias e educativas. Em termos de volume de vendas, o Dia das Crianças é a terceira data comemorativa mais importante para o varejo nacional e a expectativa é que mais uma vez esta celebração contribua para o crescimento do comércio paranaense”, destaca.

A coordenadora de Comércio e Serviços do Sebrae/PR, Suelen Pedroso, reforça que o período representa oportunidade para os lojistas.

“Esse é um momento estratégico para o varejo se preparar com ações direcionadas, como promoções, seleção de produtos para diferentes idades e experiências de compra mais personalizadas. Também é importante reforçar a presença digital, com canais como e-commerce, redes sociais e marketplaces”, orienta.

Regiões com maior movimento

O estudo mostra que a região Noroeste lidera a intenção de compra, com 53,6% dos consumidores dispostos a presentear, seguida pela Leste (50,7%), Sul (49,3%) e Oeste (49%). Em Curitiba, 46% afirmaram que vão às compras, enquanto a região Central registra 44,7% e o Norte, 43,3%.

No tíquete médio, novamente a região Noroeste aparece em destaque, com R$ 199,03, seguida pelo Oeste (R$ 197,64) e Norte (R$ 197,22). Em Curitiba, o valor projetado é de R$ 192,03. Já os menores gastos devem ocorrer no Sul (R$ 185,14), Leste (R$ 174,66) e Central (R$ 163,26).

Onde e quando comprar

Mais da metade dos consumidores (55,5%) pretende adquirir os presentes na semana que antecede o Dia das Crianças. Outros 25% planejam comprar entre oito e 15 dias antes, enquanto 13% já se anteciparam e 6,5% deixam para o próprio dia 12.

A internet aparece como o principal canal de compras, citada por 50,5% dos entrevistados. O comércio de rua soma 41,2%, divididos entre lojas do centro (31,6%) e de bairro (9,6%). Já os shoppings devem receber 22,6% do movimento.

Formas de pagamento e pesquisa de preços

O pagamento parcelado lidera entre os consumidores, com 57,7% das intenções. O cartão de crédito é o principal meio, seja parcelado (36,3%) ou no vencimento (30,3%). No pagamento à vista, o Pix aparece à frente (21,5%), superando o cartão de débito (19%) e o dinheiro em espécie (8,7%).

A pesquisa também revelou que 73,9% dos consumidores pretendem comparar preços antes da compra, sendo que 77,3% farão a consulta pela internet.

Quem presenteia e quem escolhe

Cada consumidor deve comprar em média de dois a três presentes. Os avós, tios e outros parentes aparecem como os que mais vão presentear (53,7%), ligeiramente à frente dos pais (53,3%). Padrinhos e madrinhas também têm papel importante, representando 28% das intenções.

Apesar de a escolha final do presente estar nas mãos de quem compra (59,7%), a influência das crianças é decisiva: 19,7% dos entrevistados apontaram que a preferência dos pequenos é determinante. Além disso, fatores como qualidade (18,4%), atendimento (14,8%) e custo-benefício (13,9%) aparecem à frente até mesmo do preço, citado por 12,1% dos consumidores.