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“TODO AMOR”, DE VINICIUS DE MORAES


Por: Juliani Bruna Leite Silva
Data: 04/03/2021
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Antes de mais nada, quem foi Vinicius de Moraes?

Marcus Vinicius da Cruz de Melo Moraes, aos nove anos de idade foi registrado como Vinicius de Moraes, mais tarde também passou a ser conhecido como o “poetinha”. Com um ingresso tenro na escrita, Vinicius escreveu seus primeiros poemas e versos ainda na época do colégio. Anos depois, iniciou a sua trajetória na composição de canções. Em 1929, formou-se em Letras e em 1930, começou a cursar Direito. Moraes trabalhou como jornalista, crítico cinematográfico e no ano de 1946 assumiu a sua função como diplomata. Indo um pouco mais além, ele também foi autor de diversas obras, cantor e dramaturgo. Ou seja, Vinicius de Moraes foi tantos em um só.

Dentre os vários livros de sua autoria, “Todo amor”, que conta com a apresentação e organização de Eucanaã Ferraz, merece destaque. O escrito é o resultado da agregação de canções, cartas, crônicas, poemas e versos. Tem um pouco de cada coisa, cuja a essência de tudo reside em um elemento central: o amor. O amor é retratado de forma abstrata e específica, posto diante de circunstâncias que motivam o riso e o choro, o prazer e o sofrimento, de modo simples e complexo, a partir de seu viés positivo e negativo. O modo não importa, o fato é que Vinicius esgota o tema. Como Eucanaã destaca logo de cara “A obra de Vinicius de Moraes é um longo aprendizado do amor”.

De leitura aprazível e fácil, a obra proporciona uma experiência literária diversificada, justamente por reunir várias categorias da escrita, desde poemas até letras de músicas. Ainda, a maneira pela qual o autor cria a arte escrita, além de ser apaixonante, é também inspiradora. Se não fosse o bastante, a edição conta com uma estética simplesmente encantadora, com belos retratos distribuídos por todo o livro. E no final da leitura, a sensação que se tem é que “Todo amor” é, de fato, todo amor!

“Todos são poetas à sua maneira [...] Porque a poesia é a amante espiritual dos homens, aquela com quem eles traem a rotina do cotidiano. A poesia restitui-lhes o que a vida prática lhe subtrai: a capacidade de sonhar [...]” – Vinicius de Moraes - “Parábola do homem rico” em “Todo amor”.

Juliani Bruna Leite Silva

Juliani Bruna Leite Silva

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