A violência nas escolas tem se tornado uma preocupação cada vez mais urgente em nossa sociedade. Temos testemunhados tragédias terríveis, com a perda de vidas jovens e inocentes nas mãos de atiradores. Esses eventos traumatizantes não apenas afetam as vítimas e suas famílias, mas também abalam a confiança na segurança das escolas.

Na segunda-feira (19) ocorreu o mais recente episódio de violência, desta vez no Colégio Estadual Professora Helena Kolody, em Cambé, Norte do Estado.

 Um ex-aluno entrou armado naquela instituição de ensino, alegando que solicitaria o seu histórico escolar. Segundo as informações iniciais, ele disparou contra duas pessoas. Uma aluna de 16 anos morreu no local e outro aluno, também baleado, acabou indo a óbito, após ser  socorrido e levado ao Hospital Universitário de Londrina.

 É hora de abordar essa questão com seriedade, promovendo medidas eficazes para proteger nossos alunos e criar um ambiente educacional seguro.

A presença de atiradores nas escolas é um fenômeno perturbador que não pode ser ignorado. Esses atos de violência causam dor e sofrimento indescritíveis. No entanto, é importante entender que a violência nas escolas vai além dos atiradores. O bullying, a violência física e psicológica, a intimidação e a discriminação são problemas enraizados em muitas instituições de ensino. Esses desafios complexos requerem abordagens multifacetadas para garantir a segurança e o bem-estar de nossos alunos.

A prevenção desempenha um papel fundamental na mitigação da violência nas escolas. É imperativo que se invistam em programas de conscientização e educação sobre resolução de conflitos, empatia, aceitação e respeito mútuo. Os educadores devem ser treinados para identificar sinais precoces de comportamento problemático e oferecer o apoio necessário aos alunos em risco. Além disso, é crucial envolver pais, comunidades e até mesmo autoridades locais para promover a cultura da paz e da segurança nas escolas.

Não podemos ignorar a necessidade de medidas concretas para reforçar a segurança física nas escolas. Instalação de sistemas de segurança, como câmeras de vigilância, controle de acesso e alarmes de emergência, podem ajudar a deter ou impedir a entrada de atiradores. Além disso, a contratação de profissionais de segurança qualificados pode fornecer uma presença adicional e responder prontamente a situações de emergência.

Apoio emocional

 É fundamental fornecer apoio emocional aos alunos, criando um ambiente inclusivo e acolhedor. Investir em serviços de aconselhamento e oferecer recursos adequados para lidar com problemas emocionais pode ajudar a identificar e abordar potenciais comportamentos violentos antes que se tornem uma ameaça real.          Também é importante incentivar a participação de alunos e educadores em programas de promoção da saúde mental, visando reduzir o estresse e ansiedade que muitas vezes estão relacionados à violência.

A violência nas escolas é um problema complexo e angustiante que exige uma abordagem abrangente. A proteção dos alunos e a prevenção de atos de violência devem ser prioridades. Ao investirmos em programas de conscientização, fortalecimento da segurança física e apoio emocional, estaremos dando passos importantes para criar um ambiente escolar seguro e saudável.

É      crucial lembrar que a responsabilidade de combater a violência nas escolas não recai apenas sobre os educadores e administradores. Todos nós, como membros da sociedade, devemos desempenhar nosso papel. Os pais devem estar envolvidos ativamente na vida escolar de seus filhos, observando quaisquer sinais de dificuldades ou mudanças comportamentais. Os alunos também devem ser incentivados a denunciar qualquer forma de violência ou bullying que presenciarem.

Além disso, é fundamental que nossos legisladores e governantes priorizem a segurança escolar. Investimentos em recursos, treinamento e infraestrutura são necessários para garantir que as escolas tenham os meios adequados para lidar com situações de emergência e promover um ambiente seguro.

A violência nas escolas não pode ser ignorada nem tratada como um problema isolado. Ela reflete questões mais amplas em nossa sociedade, como o acesso a armas de fogo, a falta de apoio emocional adequado e a desigualdade social. Devemos buscar soluções abrangentes, que abordem essas questões de forma integrada.

À medida que avançamos, precisamos acreditar na mudança e no poder transformador da educação. A escola deve ser um local onde os alunos se sintam protegidos, respeitados e incentivados a aprender e crescer. Juntos, podemos superar a violência nas escolas e construir um futuro melhor para as próximas gerações.

Não podemos mais adiar ações concretas. Cada vida perdida é uma tragédia que poderia ter sido evitada. É hora de nos unirmos como comunidade e enfrentar essa questão com determinação e empatia. Nossos alunos merecem um ambiente seguro e acolhedor, onde possam florescer e alcançar seu potencial máximo. A hora de agir é agora!

“A violência, seja qual for a maneira como ela se manifesta, é sempre uma derrota”.  Jean-Paul Sartre (1905-1980)

·         Alex Fernandes França é Administrador de Empresas, Teólogo, Historiador e Mestrando em Ensino pelo PPIFOR – UNESPAR