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Shazam! Fúria dos Deuses


Por: Odailson Volpe de Abreu
Data: 16/03/2023
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O Oscar passou, mas o que não passou foi a ressaca de mais uma premiação muito mais comercial do que artística, infelizmente. Seguindo a tendência lançada desde 2020, quando Parasita levou o Oscar de Melhor Filme, esse ano tivemos uma grandiosa esnobada em nomes consagrados e em filmes declaradamente superiores, para premiar especificamente obras “populares”. Talvez isso seja o novo e eu ainda seja um apreciador de filmes à moda antiga. De qualquer forma, o novo sempre vem e, ao que tudo indica, acho que terei que adaptar meus gostos pessoais para não me irritar toda vez que atores e obras de peso e qualidade incontestáveis acabarem sendo deixados de lado para dar espaço ao que é sucesso na internet, nas redes sociais ou entre os mais jovens.

Não entenda isso como uma crítica ao grande filme ganhador da noite, Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo, ele é bom, é conceitual, mas na minha opinião não era superior à outras obras com as quais concorria. De qualquer forma, uma boa campanha de marketing é sempre bem-vinda e sempre influencia positivamente os votantes da Academia (como ficou provado mais uma vez). Como prêmio de consolo para minha pessoa, um dos meus favoritos emplacou como segundo grande ganhador da noite e isso valeu a pena. O filme alemão Nada de Novo no Front levou quatro Oscars e renovou minhas esperanças de que nem tudo está perdido no mundo do cinema. Vamos à Coluna dessa semana.

É tempo de deixar de lado os filmes do Oscar, que flertam com a arte, e mergulhar de cabeça no suprassumo da indústria cinematográfica, o bom e velho blockbuster (risos). A grande estreia dessa semana é Shazam! Fúria dos Deuses, uma sequência que vem embalada pelo sucesso do filme anterior que tinha ritmo bom, ótimas piadas e que funcionava muito bem principalmente com as crianças. Ao que tudo indica, o novo filme tem intenções claras de ser mais profundo, interessante e divertido que o primeiro e só isso já é um motivo para ir ao cinema.

No entanto, já tem um tempinho que a DC/Warner tem criado um certo burburinho junto aos seus fãs mais fieis, principalmente aqueles que são admiradores da obra iniciada por Zack Snyder. Isso porque após sucessos e fracassos e de olho no sucesso da concorrência a DC/Warner resolveu resetar seu Universo Cinematográfico. Tudo veio à tona após o diretor James Gunn, nome de peso atualmente entre os projetos do estúdio, anunciar um novo planejamento para os filmes da DC, intitulado Capítulo 1: Deuses e Monstros”. Por isso, tudo o que foi gerado ainda na Era Snyder chegará ao fim com Aquaman 2, que ao que tudo indica terá sua estreia esse ano. Por isso, a estreia dessa semana já chega aos cinemas fadado a ser o segundo e último capítulo do Shazam de Zachary Levi. Ou não! Quem sabe?! James Gunn costuma ser tão imprevisível quanto é talentoso. Por isso, talvez ele resolva trazer de volta esse ator para reviver o “herói infantil. Esperanças são esperanças!

De qualquer forma, se tem algo que precisamos reconhecer é que, de forma discreta, o projeto de Shazam conseguiu ser uma obra de sucesso dentro de um Universo que conta com nomes de peso e muito mais conhecidos que ele, como Superman, Mulher-Maravilha ou Batman. Para mais, seu filme de estreia tinha um roteiro extremamente simples e recheado de ação, perfeito para o público mais jovem, que se identificou imediatamente com o protagonista, o jovem Billy.

O diretor David Sandberg havia sido muito perspicaz nessa obra de estreia ao construir um filme de heróis voltado para a família, sem se importar com uma trama maior e interligada a outras histórias ou outros heróis. Ele fez o dever de casa certinho com um filme que introduzia muito bem ao público um novo herói para aquele formato de mídia. Agora, ele segue esse mesmo caminho, mas se dá ao luxo de expandir a trama de seu primeiro filme por meio da família Shazam.

O diretor investe nos pontos fortes de seu filme anterior, mas de forma muito mais potencializada, por isso, o público deve esperar muita irreverência e também muita ação. Tudo isso, embalado por um roteiro inteligente e superdivertido. Mais uma vez o roteiro e mesmo a direção não se importam em perder tempo tentando fazer um filme extraordinário e fora da curva. Eles se dedicam a fazer um bom filme que desperte no final aquela sensação de satisfação e pronto.

Para muitos pode parecer pouco, mas tentar fazer isso não é nada fácil, principalmente quando você tem à disposição um elenco grande e de peso. Apenas para se ter uma ideia, as vilãs são interpretas por atrizes veteranas e aclamadas, no caso, Helen Mirren e Lucy Liu. Veja bem, Helen Mirren foi premiada com um Oscar de Melhor atriz em 2007, só isso já faz dela uma adição grandiosa para essa obra. Mesmo assim, quem rouba a cena são os atores mais jovens, dentre eles Rachel Zegler e Jack Dylan que entregam ótimas atuações e que destoam positivamente dos demais atores do elenco.

Ao falar de elenco, não dá para deixar de lado o ator que se tornou personificação do personagem para além da tela grande. Já faz um tempo que Zachary Levi na vida real e nas redes sociais, respira Shazam. Tem muita gente que acha a atuação dele exagerada, caricata e até mesmo canastrona. Já ouvi alguns dizerem que o Billy adolescente é mais inteligente que o Shazam e que a impressão que se tem é que ele fica retardado quando vira herói e adulto. Cada pessoa tem direito a ter o seu ponto de vista, no entanto, a meu ver, a interpretação de Levi de um adolescente dotado de superpoderes sempre foi muito convincente. Afinal, temos pessoas muito mais velhas do que um adolescente que se comportam muito pior com muito menos poder. Veja, por exemplo, alguns políticos de projeção nacional que perderam a última eleição, quando estavam no poder esse tipo de gente se comportava muito pior do que uma criança mimada! (risos) Por isso, o adolescente superpoderoso de Zachary Levi é sim uma boa atuação. Vamos à trama!

Na nova aventura Billy Batson, interpretado por Asher Angel, e sua família adotiva que no final do filme anterior também ganharam poderes especiais estão se adaptando e aos poucos começam a conciliar a vida dupla que levam – adolescentes normais e super-heróis adultos. Seus poderes mágicos despertam a fúria de um trio vingativo de deuses antigos que os acusam de ter roubado a magia dos deuses. O desenrolar desse desentendimento colocará em risco não apenas a vida de Billy e sua família, mas de toda a humanidade.

Por que ver esse filme? Porque Shazam! Fúria dos Deuses é diversão no estilo sessão da tarde. Aquele tipo de filme que vem recheado de efeitos especiais, com uma trama repleta de aventura, emoção e coração. Além disso, o filme é divertido e superfamília. Leve as crianças ao cinema e divirta-se. Antes de terminar uma aviso importante, esse filme tem cenas pós-crédito, por isso, fique atento. Boa Sessão!

 

Assista ao trailer:

Odailson Volpe de Abreu


Anuncie com Jornal Noroeste
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