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Sétima Arte - MIB: Homens de Preto – Internacional


Por: Odailson Volpe de Abreu
Data: 14/06/2019
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Sete anos após o último e subestimado MIB: Homens de Preto ir ao cinema, estreou ontem uma tentativa de reviver a franquia, algo inusitado, mas que gerou certo frisson juntos aos fãs. Os detalhes sobre MIB: Homens de Preto – Internacional a Coluna Sétima Arte traz pra você na edição dessa semana.

Em 1997, o primeiro MIB: Homens de Preto pegou a todos de surpresa, tendo como origem uma HQ até então não muito conhecida, o filme unia as bizarrices do melhor estilo sci-fi com toques de humor envolvente. Além disso, a dupla de protagonistas, formada por Will Smith e Tommy Lee Jones, conquistou de forma avassaladora o público. Resultado, sucesso imediato e um blockbuster que marcaria a história do cinema. Como de costume, em relação à continuidades, o segundo filme foi completamente desnecessário e despertou no público o desejo de ver o fim da franquia. Mas o tempo passou e a terceira e última parte foi muito melhor que o esperado. Em 2012, MIB 3 trouxe de volta todo o frescor que a franquia havia perdido e a encerrou com chave de ouro.

Agora, sete após MIB 3, chegou ao cinema MIB: Homens de Preto – Internacional, com a expectativa de reproduzir o caminho trilhado por Jurassic Park, quando trouxe uma nova história e novos personagens a partir de um universo já conhecido, com seu Jurassic World: O mundo dos Dinossauros. Dessa forma, expandir a ação dos alienígenas ao redor do mundo e apresentar uma nova dupla de protagonistas com química e grande apelo comercial parecia ser um caminho acertado. Além disso, o anúncio de que voltariam a associar grandes celebridades à alienígenas e que elas seriam várias e em lugares de diferentes do mundo foi uma grande jogada de marketing. Esse fato fez eu torcer positivamente para o filme, já que a celebridade brasileira escolhida foi ninguém menos do que Sérgio Malandro, um dos ícones da tv nos anos 1980/90 e um dos caras mais divertidos e originais das terras tupiniquins (eu sou suspeito porque realmente sou fã desse cara). Pena que nem só de marketing vive o mundo e a obra final tem seus problemas gritantes.

Ao escolher Chris Hemsworth e Tessa Thompson, uma dupla já consagrada pela parceria em Thor – Ragnarok, os estúdios acertaram em cheio, pois garantiram para MIB: Homens de Preto – Internacional uma legião de fãs para além daqueles que já são fieis a franquia. Essa dupla, somada a Liam Neeson e Emma Thompson são excepcionais e garantem uma boa atuação, bem como piadas no timing certo. Mas o resto do filme é um entrave. O roteiro é confuso, pobre e desrespeitoso, tanto para com certos personagens, como para com o próprio público. 

A dupla de roteiristas Matt Holloway e Art Marcum, constroem situações sem sentido e completamente alheias à trama central. Além disso, não há motivação plausível para mais uma invasão ao planeta e alguns personagens, dentre eles a excelente Rebecca Ferguson, são desnecessários à história. Soma-se ao problema do roteiro a direção confusa de F. Gary Gray. O trabalho dele é, infelizmente, tão frágil que ele chega a destacar certos elementos da história que serão completamente esquecidos na sequência, fazendo você acreditar que perdeu alguma coisa do filme. De qualquer forma, o que resta é tentar se apegar ao que o filme tem de bom, para não ter uma decepção completa. Vamos à trama! 

Por décadas a agência Homens de Preto protegeu a Terra da escória do universo, mas agora precisa lidar com a maior das ameaças: um traidor, justo quando a agência torna-se internacional. É neste contexto que M tenta se tornar agente, já que teve uma experiência extraterrestre quando jovem e não teve sua memória apagada. Quem irá auxiliá-la nesta jornada é o atrapalhado agente H. Pronto, simples assim!

Depois que eu detonei com o roteiro e a direção, você deve estar se perguntado: Por que eu veria MIB: Homens de Preto – Internacional? A resposta é a seguinte: o filme deve ser visto porque mesmo apresentando problemas básicos no roteiro e na direção, ele ainda consegue divertir e satisfazer ao público que tem apreço pela história. Seu humor tem um toque bastante non-sense e a dupla de protagonistas consegue segurar o filme do começo ao fim. Agora, se você for um expectador mais criterioso eu sugiro esperar um próximo filme de scy-fi ou comédia para ir ao cinema, porque esse não vai atender as suas necessidades. Boa sessão!

Odailson Volpe de Abreu


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