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Sétima Arte - Halloween


Por: Odailson Volpe de Abreu
Data: 11/09/2020
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Sem filmes inéditos nos serviços de streaming, essa semana eu indico um excelente filme de suspense/terror que foi liberado na última terça-feira no Prime Vídeo, da Amazon. A Coluna Sétima Arte traz tudo o que você precisa saber sobre o excelente Halloween, originalmente lançado em outubro de 2018 com o aval do próprio criador, John Carpenter. O filme busca dar uma continuação direta ao primeiro filme, o clássico de 1978. Só por isso ele já é digno de ser revisto na sala de casa.

Em 1978 os fãs do cinema se deparavam com uma obra prima do terror e suspense, retratando os horrores de Michael Myers, um assassino serial frio, e sua perseguição implacável a uma adolescente sem noção. Esse filme não apenas marcou época como se tornou uma tendência dentre os filmes do gênero, suscitando clichês e influenciando outros mestres, como o próprio Wes Craven criador da aclamada franquia Pânico. 

Não apenas marcou uma geração, como abriu espaço para uma infinidade de sequências (que também estão disponíveis no Prime Video), muitas de qualidade extremamente duvidosa e que traíam a própria essência da história, como por exemplo, Halloween 3 – Noite das Bruxas, que não tinha nenhuma ligação com o assassino Michael Myers, ou os fatídicos Halloweens 4, 5 e 6 que traziam uma pegada mais sobrenatural. 

Já faz um tempo que o cinema vive um clima de reboots (história antigas estão sendo contadas com características do tempo presente) e, bem por isso, em 2018, a franquia Halloween embalou nessa onda. O interessante é que, diferente do que houve com outras obras, Halloween revisitou sua origem de uma forma muito inteligente. O diretor David Gordon Green resolveu atualizar a história sem reinventar seu começo, mas dando continuidade de onde ela havia parado em 1978.

É surpreendente acompanhar na tela o resultado traumático dos acontecimentos do primeiro Halloween. As ações de Myers destroçaram a vida da garota sobrevivente, Laurie Strode. É devastador para os fãs do clássico assistirem a uma Laurie envelhecida, impiedosa e de uma frieza sem igual. Tudo isso se agrava mais ainda quando estão em cena sua filha e sua neta, o que demonstra que os atos de Myers não influenciaram apenas Laurie, mas também suas próximas gerações.

Apresentado de forma fiel à realidade atual, ele apresenta o fascínio em relação ao mal e o desprezo para com a vida. A história de Laurie intensifica essa discrepância, pois o desprezo das pessoas pelo seu sofrimento e pelo seu trauma são ofuscados pela curiosidade e admiração pelo assassino.

A direção de Gordon Green é passional e isso é extremamente positivo para o filme, pois ele faz inúmeras referências ao clássico e trata a trama com respeito e reverência. Além disso, ele proporcionou à história momentos de leveza por meio do humor, algo essencial diante da tensão quase constante que o filme impõe.

O elenco atribui qualidade a trama por meio de Judy Greer e Andi Matichak que traduzem na tela todo o drama, desespero e aflição de seus personagens, mas a grande estrela é realmente Jamie Lee Curtis, que voltou a seu antigo papel mais magistral do que nunca. Jamie Lee Curtis mostra todo seu talento ao apresentar uma protagonista que vai da loucura à sanidade, sem exagero, sem caricatura, mas com drama, com força e com maturação. 

Em tempo de empoderamento feminino, assistir a uma trama como essa é realmente um prazer. Perceber como o jogo de gato e rato muda de lado e a forma como a vida preparou Laurie Strode para enfrentar de igual para igual o assassino não é apenas uma questão de justiça, é um deleite para os fãs e para o público em geral.

Vamos à trama! Muitos anos após ter escapado do ataque de Michael Myers em uma noite de Halloween, Laurie Strode terá que confrontar o assassino mascarado pela última vez. Ela foi obrigada a conviver por décadas com a memória de ter sua vida por um triz, mas dessa vez, quando Myers retorna para a cidade de Haddonfield, ela está muito mais que preparada.

Por que ver esse filme? Porque é um clássico, um filme de horror que impõe uma sensação quase constante de medo e angústia. Não apenas uma continuação do filme de 1978, mas uma clara homenagem. Se não viu, essa é uma ótima oportunidade, se já viu, vale a pena viver toda tensão de Halloween novamente. Boa sessão!

Odailson Volpe de Abreu


Anuncie com Jornal Noroeste
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