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Sétima Arte - Dois irmãos


Por: Odailson Volpe de Abreu
Data: 06/03/2020
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Essa semana a Disney/Pixar estreou sua mais nova animação e, mesmo que não tenha feito muito alarde, despertou muito interesse pelo fato dessa história não ser uma continuação ou um derivado, como aconteceu nos últimos anos, mas uma história nova, original. Sobre Dois Irmãos, o mais novo filme da Disney a chegar aos cinemas, você fica muito bem informado.

A última animação original da Disney/Pixar, anterior a Dois Irmãos, havia sido Viva – A Vida é Uma Festa, de 2017, desde então, muitos esperavam uma nova história e uma nova trama. Agora ela chegou ao cinema e traz um apelo tão fantasioso quanto Viva, mas, de um forma muito particular, menos poética e mais aventuresca.

Up, Divetidamente, Ratattouille, brincavam com o surreal, mas surpreendiam de alguma forma. Eram animações para crianças, mas com estética para adultos. Dois Irmãos não segue essa linha. O filme traz uma estética bastante infantilizada ao construir seu mundo de fantasias e magias, mesclando esse lugar com referências do quotidiano do mundo real. Uma mistura que parece estranha, mas que funciona bem para os pequenos.

Por outro lado, a trama é entendida pelos pequenos, mas traz motivações bastante adultas, nesse caso, a falta que um ente querido faz na vida de alguém. Essa temática é abordada de forma atrapalhada e divertida, mas consegue tocar o mais profundo da alma humana.

O responsável por isso foi o diretor Dan Scanlon, que baseou a trama em sua própria história de vida. Isso deu a essa animação um toque muito pessoal, intimista e também um profundo respeito pelos sentimentos dos personagens e, possivelmente, despertados no expectador. O próprio Dan já havia confessado, em certo momento, que ele e o irmão haviam crescido sem conhecerem o pai e apegados a toda lembrança possível, fosse ela um vídeo, uma foto ou algo assim.

Ao construir sua trama, mesmo que ela seja divertida, ele insere esse sentimento e brinca com a possiblidade de fazer com que as lembranças se tornem algo mais concreto. Diferente de Viva – A Vida é Uma Festa, esse filme não aborda o luto como um elemento ligado ao passado, mas projeto os sentimentos do luto como algo que pode construir um futuro. Uma premissa bastante interessante para uma animação, que pode passar despercebida para os pequenos, mas que pode ser inspiradora para os adultos. Vamos à trama!

Em um local onde as coisas fantásticas parecem ficar cada vez mais distantes de tudo, dois irmãos elfos adolescentes, no aniversário de 16 anos de um deles, ganham um objeto mágico capaz de trazer o pai que eles não conheceram de volta por um dia. Quando algo dá errado, apenas as pernas do pai são trazidas do além e eles se metem numa grande aventura e numa corrida contra o tempo para trazerem a parte que falta de volta.

Por que ver esse filme? Porque é um filme divertido, mas também porque ele traz questões familiares de uma forma muito interessante de ser ver e refletir. Além disso, seu ritmo é muito gostoso, rápido, instigante e repleto de missões paralelas à missão principal. Bem por isso, é um filme que não enjoa e que satisfaz a cada momento. Se você gosta de animações e quer levar as crianças ao cinema, aproveite, pois a união entre Disney e Pixar realmente é uma parceria que deu certo.

Odailson Volpe de Abreu


Anuncie com Jornal Noroeste
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