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Invocação do Mal 3: A Ordem do Demônio


Por: Odailson Volpe de Abreu
Data: 10/06/2021
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Na quinta-feira de feriado, dia 03 de junho, o terceiro filme da franquia Invocação do Mal chegou aos cinemas. Em outros lugares do mundo ele foi lançando de maneira simultânea, tanto nos cinemas quanto na plataforma de streaming HBO Max, mas aqui isso foi impossível de acontecer, já que o HBO Max só vai estar disponível no final do mês. Diante disso, o que se viu foi, até o fechamento dessa coluna, a maior estreia cinematográfica do ano de 2021 no Brasil. Em cinco dias esse filme levou quase meio milhão de brasileiros ao cinema em plena pandemia! O que nos faz perceber três coisas: o brasileiro está com saudades da vida normal; o brasileiro é fã de filme de terror e, por último, Invocação do Mal 3: A Ordem do Demônio é realmente muito bom. Por isso, a Coluna desta semana é dedicada a esse filme.

Nos últimos anos a franquia Invocação do Mal, sem dúvida alguma, fez história no mundo do cinema com seu jeito peculiar de fazer terror. O projeto encabeçado por James Wan rendeu derivados e marcou a cultura pop da última década. Seu estilo e formato foram sendo refinados com o passar do tempo, chegando a seu auge com Annabelle 3: De Volta pra Casa, em 2019. Agora, o que todo mundo esperava era que Invocação do Mal e todos os seus derivados (Annabelle e A Freira) que compõem um vasto material a ser explorado se tornassem o popular “mais do mesmo”! Ledo engano, ao deixar a responsabilidade de diretor e principal mente criativa do “The Conjuring Universe”, James Wan entrega seu legado a um homem capaz de injetar sangue novo a essa forma de contar histórias e fazer terro. O nome desse homem? Michael Chaves.

Interessante é que ninguém colocava muito fé em Chaves, ele havia anteriormente dirigido A Maldição da Chorona, que é filme bem mediano. Por isso, nem os críticos e nem o público nutriam grandes expectativas. Mas, contrariando a todos, Michael Chaves resolveu aproveitar tudo o que havia de melhor nos filmes anteriores de Invocação do Mal e inserir novos elementos com tendências mais investigativas e com um ar pesado de suspense. Um tiro certeiro que agradou em cheio a todos e entregou de longe um dos melhores filmes do gênero dos últimos anos.

Se você, como eu, viveu sua adolescência nos anos 1990 com certeza vai se lembrar de duas referências que compõem a base da mudança em Invocação do Mal: a série Arquivo X e o filme Se7en – Os Sete Crimes Capitais. Dois sucessos absolutos daquela década, ambos associavam uma linha investigativa a ocorrências de alto teor paranormal. Resgatando essa tendência, o filme dirigido por Chavez incluiu o terror característico da franquia, fazendo com que, para além dos tradicionais sustos (jumpscares), o público venha a roer as unhas por causa do suspense.

Além dos novos elementos que compõem a forma de contar a história, Chaves lançou mão das sombras e das cores para ajudarem a compor uma atmosfera que desperta medo e fascínio na mesma medida, tornando a obra ainda mais atraente. Por fim, vale a pena pontuar que na empreitada de se distanciar cada vez mais do que já havia sido feito em relação aos filmes anteriores, ele coloca em ação uma vilã totalmente humana, mas tão demoníaca quanto o próprio demônio.

Sobre o elenco, estão de volta os já aclamados atores Patrick Wilson e Vera Farmiga como casal de protagonistas Ed e Lorraine Warren. Eles sempre trabalharam muito bem juntos, mas dessa vez a química entre os dois, como casal, está melhor do que nunca. Além deles, Ruari OConnor e Sara Catherine Hook também formam um casal que esbanja talento e despertam no público tanto interesse quanto o próprio casal principal. Por fim, merece destaque o jovem Julian Hilliard. Você deve se lembrar dele das séries Maldição da Residência Hill, de 2018, ou da recente WandaVision. Em ambas ele já demonstrava toda sua desenvoltura na arte de interpretar, mas em Invocação do Mal 3: A Ordem do Demônio ele dá um verdadeiro show como pequeno, e possuído, David Glatzel.

Antes de falar da trama, vamos ao outro lado da moeda! Dentre os fãs o filme não é uma unanimidade. Um grande número deles não se rendeu aos encantos de Invocação do Mal 3: A Ordem do Demônio. Os mais fieis ao estilo de terror estabelecido por James Wan consideram o novo formato de Michael Chaves indigno e recheado de jumpscares baratos e sem qualidade. Além do mais, esses mesmos fãs julgam a história como a mais fraca dentre os três filmes, mesmo com o roteiro assinado pelo próprio James Wan. Para o bem ou para o mal, isso não altera em nada o sucesso do filme em sua estreia. Vamos à trama!

Se você é fã de filmes de terror e, sobretudo, dessa franquia, já deve saber que as tramas são baseadas em histórias reais e que o casal central, Ed e Lorraine Warren, são personagens inspirados nos famosos demonologistas. Por isso, a história contada em Invocação do Mal 3: A Ordem do Demônio tem como base a primeira vez que um acusado de assassinato alega como defesa possessão demoníaca, isso nos Estados Unidos da América dos anos 1980. Tudo gira em torno desse assassinato e de um desconhecido mal que chocou até os experientes investigadores paranormais Warren.

Por que ver esse filme? Porquê das três histórias narradas nessa franquia e que constam nos arquivos do casal Warren essa é a mais pesada de todas. Além disso, é um excelente filme de terror, recheado de referências e easter eggs. Com clima, ritmo e trama envolventes e excelentes, não é de se admirar que esse seja o filme mais visto e mais rentável nos cinemas brasileiros nesses tempos de pandemia de COVID-19. Se puder ir ao cinema, aproveite! Se não puder, espere até o final do mês e aprecie o filme em casa por meio do mais novo serviço de estreaming (mais um?!) a aportar em terras brasileiras. Boa sessão!

Assista ao trailer:

Odailson Volpe de Abreu


Anuncie com Jornal Noroeste
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