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Sétima Arte - Blade Runner 2049


Por: Odailson Volpe de Abreu
Data: 15/10/2020
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Recentemente, o filme de Ficção Científica Blade Runner 2049 chegou à Netflix, uma notícia excelente já que essa obra arrebatou os críticos em sua estreia nos cinemas em outubro de 2017. Mas, infelizmente, ela não embalou na tela grande e mesmo agradando à crítica não teve o público esperado. Agora, os especialistas acreditam que a estreia desse filme no serviço de streaming é algo extremamente positivo e uma boa opção, pois poderá fazer justiça à essa obra tão interessante. Na coluna Sétima Arte de hoje você fica por dentro de tudo sobre a sequência desse grande sucesso do passado que chegou discretamente às telas das televisões, celulares e tabletes esse ano.

A estreia de Blade Runner – O Caçador de Androides aconteceu em junho de 1982 e pegou muita gente de surpresa. Nesse filme Ridley Scott demonstrou ao mundo toda sua capacidade de criação numa trama complexa, futurista, mas que levava o público a uma reflexão sobre temas relevantes da própria humanidade, como por exemplo, a moral.

Com o passar dos tempos Blade Runner – O Caçador de Androides se tornou um clássico, ganhando status de filme intocado, por fãs, pelos críticos e até mesmo pela indústria cinematográfica de Hollywood. Isso porque o produto final entregue ao público foi capaz de divertir ao mesmo tempo em que fazia pensar, apresentando um herói de moral duvidosa, um mundo futurista encantador e exibindo ao mundo um gênero totalmente novo, o chamado “neo-noir”, um clima narrativo que lembra o charme e os mistérios dos filmes policiais, mas que conversa totalmente com o imaginário futurista ao qual está inserido.

Assim, passaram-se trinta e cinco anos até que Hollywood resolvesse dar uma continuidade digna à história de Blade Runner. Numa época como a nossa, em que revisitar clássicos do passado, sobretudo dos anos 1980, tornou-se, não apenas uma moda, mas uma inesgotável fonte de dinheiro, trazer Blade Runner de volta ao mundo dos vivos em 2017 parecia ser um sacrilégio. Mas, por outro lado, aquele ano exibia sucessos estrondosos que tinham sua origem no passado, como por exemplo Mad Max – Estrada da Fúria, que havia ressurgido com muito mais força e grandiosidade do que suas versões antigas, inclusive concorrendo naquele ano na cerimônia do Oscar de igual para igual com grandes produções e superando muitas delas.

Dessa forma, Blade Runner 2049 foi uma grande aposta, que tinha tudo para dar certo, mas que empacou nas bilheterias. Uma pena, porque o diretor Denis Villeneuve, foi capaz de transformar a história numa sequência de tirar o fôlego. Além disso, a boa escolha de elenco, trouxe de volta o veterano Harrison Ford e investiu na jovialidade de Ryan Gosling. A dupla Gosling e Ford exibem nessa obra uma química completa em cena e são uma verdadeira explosão de talento.

O visual estilizado e colorido do filme também chama a atenção e contribui para que o expectador mergulhe de cabeça na trama envolvente. Por fim, gostaria de dizer que o filme é por si só uma sequência de grandes spoilers, por isso, escrever a respeito dessa obra de Sci-fi, mesmo agora que revisito meu texto anterior sobre esse filme, foi e continuará sendo uma tarefa fácil de ser cumprida. Abaixo destaco o mínimo possível da trama, para que você possa saber do que se trata sem comprometer seu divertimento, que reside especificamente nas grandes descobertas que a história vai apresentar ao longo de suas quase três horas de duração.

Vamos à trama! Trinta anos depois dos acontecimentos do primeiro filme, a humanidade se encontra novamente ameaçada e, dessa vez, o perigo pode ser ainda maior. Isso porque o novato oficial K, papel de Ryan Gosling, desenterrou um terrível segredo que tem o potencial de mergulhar a sociedade no completo caos. A descoberta acaba levando-o a uma busca frenética por Rick Deckard, interpretado por Harrison Ford, que está desaparecido há 30 anos.

Por que ver esse filme? Primeiro, porque é a continuação de um clássico. Segundo, porque essa é uma continuação que supera seu filme original e isso por si só já vale as três horas de duração. Por fim, porque além de ser um Sci-fi que realmente surpreende, emociona e choca na medida certa, ele está disponível para ser apreciado do aconchego de casa, com toda a comodidade de pausar quando necessário e retomar posteriormente. Aproveite e boa sessão!

 

Odailson Volpe de Abreu


Anuncie com Jornal Noroeste
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