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Sétima Arte


Por: Odailson Volpe de Abreu
Data: 22/11/2019
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Essa semana está sendo animada por duas estreias completamente distintas, mas de qualquer forma, tanto uma quanto a outra atendem completamente às expectativas do público em geral. Chegou ao cinema o terror/suspense Medo Profundo: O Segundo Ataque, que agrada muita gente que gosta de filme mais cheios de ação, com aventura e aquele toque de medo. Mas a concorrência está pesada, pois estreou também o drama A Grande Mentira, que é de longe um filme bastante empolgante para quem gosta de algo mais consistente.

Vamos começar com Medo Profundo: O Segundo Ataque. Esse é um filme com um roteiro muito simplista, que baseia toda a sua trama na pouca inteligência dos protagonistas, parece pouco plausível, mas cada vez mais, quando olhamos para a atualidade percebemos que ele pode ser completamente aceitável (risos). A direção, que ficou a cargo de Johannes Roberts, é bastante confusa e peca pela incapacidade de apresentar boas reviravoltas ao longo da trama, mesmo sendo um suspense tem ares de comédia no melhor estilo Sessão da Tarde. Um filme simples, com um ritmo interessante, mas sem muito a acrescentar. Ainda assim, uma opção para quem quer algo leve no cinema.

A trama conta a história de um grupo de cinco amigas aventureiras viaja até Recife, região nordeste do Brasil, para conhecer as ruínas de uma cidade subaquática, no litoral da cidade. No entanto, durante o passeio pelo fundo do mar, elas descobrem que não estão sozinhas e os verdadeiros "moradores" do local não estão muito satisfeitos com as visitas.

Por outro lado, a outra estreia é muito mais interessante. A Grande Mentira é baseado no livro homônimo de Nicholas Searle lançado em 2015 e traz uma trama recheada de revelações e segredos. O filme não é um primor, pois o diretor Bill Condon peca demais ao entregar ao público um suspense mediano, mas em contrapartida seus protagonistas salvam completamente a história e entregam ao público atuações de tirar o fôlego.

O filme conta com dois dos melhores atores da atualidade, ninguém menos do que a cativante Helen Mirren e o brilhante Ian McKellen. O nome deles separados já dá peso para qualquer obra, quando apresentados juntos, passa a ser sinônimo de qualidade e eles não entregam nada menos do que isso. McKellen está estupendo no papel de um golpista que aparenta ser gentil, gente boa, mas que na verdade tem intenções nada legais. Ele constrói o personagem de forma que você goste e não goste dele ao mesmo tempo. Já Mirren brilha em cada cena, demonstrando uma confiança e agilidade ímpares. Os dois, quando em cena, apagam o brilho de qualquer outro ator que possa estar ao redor. Sem dúvida alguma eles são o filme.

Isso tudo é muito bom, já que o diretor Condon não consegue definir qual o tom que quer aplicar ao longo de sua obra e faz o filme pular de comédia para suspense e para drama sem se demorar em um único estilo. Ruim, mas não por completo, porque os atores principais carregam o filme nas costas e garantem que mesmo com um segundo ato sem ritmo, você não perca o interesse pela trama. Falando nisso, vamos à trama!

Em um jogo de gato e rato, o golpista Roy Courtnay não resiste aplicar seu golpe mais uma vez quando conhece a recém-viúva Betty McLeish online. Porém, à medida em que a mulher abre sua casa e sua vida para o vigarista, ele se surpreende quando começa a se importar com ela.

Por que ver esse filme? Porque tem uma história instigante, ainda que mal executada pelo diretor e pelos roteiristas, mas que deve ser visto, principalmente por causa das atuações incríveis de duas lendas do cinema. Para ser honesto, o que garante a sua ida ao cinema é a desculpa para ver em cena Helen Mirren e Ian McKellen. Boa Sessão!

Odailson Volpe de Abreu


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