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Pais e bebês prematuros juntos: um ato de humanidade e amor


Por: Ana Maria dos Santos Bei Salomão
Data: 25/11/2021
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No dia 17 de novembro, foi comemorado o Dia Mundial da Prematuridade, onde a atenção é voltada ao recém-nascido prematuro, que tem como objetivo conscientizar o nascimento de prematuros, mortes e sequelas devidas à prematuridade, assim como, adotar medidas de prevenção.

            Em 2008, pais e profissionais de saúde criaram a EFCI – European Foundation for the Care of Newborn, esta fundação tem como meta, dar voz aos recém-nascidos prematuros, e suas famílias, e instituíram este dia para que todo o mundo pudesse voltar os olhos, a estes pequenos guerreiros.

            Em razão desta data, novembro é considerado o mês da prematuridade, e criou-se então, a campanha do novembro roxo que tem ganhado força a cada ano, devido a sua grande importância, a cor roxa se deve por ser uma cor peculiar aos bebês prematuros.

            A prematuridade não é tão rara assim, 1 em cada 10 bebês nascem prematuros em todo o mundo, segundo dados da Organização Pan-americana (OPAS), anualmente nascem mais de 1 milhão de bebês prematuros, pequenos e gravemente doentes, nas Américas.

            Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil ocupa a 10ª posição entre as nações, que registram mais casos de prematuridade.

            Para a Organização Mundial de Saúde, um bebê é considerado prematuro, se nascer antes das 37 semanas de gestação. E é a principal causa de mortalidade infantil em todo o mundo.

            Este ano o tema global é: “Separação Zero: Aja Agora, mantenha pais e bebês prematuros juntos”. Incentivando que a mãe possa ficar internada junto ao seu bebê o tempo todo, e o pai possa ter livre acesso também.

            É preciso ter a clareza que dentro da UTI, os pais não são intrusos, mas sim, fazem parte da equipe. Tanto é que estudos demonstram a que a evolução do prematuro, com a participação ativa dos pais é maior, do que aqueles que não tem eles por perto.

            Ora, se pensarmos que, a incubadora faz o trabalho de reproduzir o ambiente intrauterino, como reproduzi-lo sem a mãe? Quando você separa o recém-nascido, dos pais, você o coloca em um estado de extrema vulnerabilidade, haja vista, que este é o momento que ele mais necessita do apoio, calor, cheiro e amor de seus pais, para que assim, ele possa ter um bom desenvolvimento cognitivo, psicológico e emocional.

            O ser humano é um ser social, desde o seu nascimento. Estes grandes guerreiros, travam uma guerra todos os dias, tem uma nova batalha a ser vencida a cada dia, e cada vitória é motivo de comemoração. Eles necessitam de um olhar e um cuidado especial.

            Um cuidado humanizado, a equipe médica deve respeitar e trata-lo com carinho, evitando ruídos, barulhos desnecessários, dando o atendimento que for necessário, mas, só os pais dão o amor que ele tanto precisa, por isso, separação nesta hora crucial, é crueldade.

            Então, o tema deste ano é relevante, e deve ser levado em consideração, para que estes pequenos possam sobreviver.

Assista: 

 

Ana Maria dos Santos Bei Salomão

Enfermeira Obstetra e Especialista em Fisiologia Humana

Ana Maria dos Santos Bei Salomão

Responsável pela Coluna Saúde em Pauta.


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