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O mundo digital e a perda das experiências reais


Por: Especial para JN
Data: 06/10/2023
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Foto: Marina Cavallini (3ª série 1 EM)

 

Por Ana Luiza Bonadio Roman

O desenvolvimento industrial do século XXI, gerado pelo constante avanço das ideias da mente humana, proporcionou e continua proporcionando inúmeros benefícios e uma enorme sensação de conforto para nós. Esses benefícios são claramente reconhecidos, por exemplo, quando observamos a tecnologia digital e o avanço dos recursos na Internet. Atualmente, é difícil encontrar jovens maiores de 15 anos que não possuem aparelho celular e redes sociais usufruindo ativamente desses avanços para diversas atividades. Entretanto, esse avanço tecnológico está, infelizmente, alinhado também com problemas de controle próprio dos seres humanos. Estes são, geralmente, levados pela descontração e pelo entretenimento proporcionado pelo telefone móvel, tornando-se num vício de difícil abandono para aqueles que tem dificuldade em viver a realidade.

Uma matéria publicada pela revista Algomais de Pernambuco, expõe que os adolescentes brasileiros ficam em média 12 horas por dia com o celular, ou seja, metade do dia gasto em frente da tela. Durante a adolescência considerada pelo Estatuto da Criança e Adolescente (ECA) e seguindo a faixa etária dos 12 aos 18 anos há uma média de 3 anos gastos em torno do aparelho. Esse tempo da juventude que poderia estar sendo utilizado em interações pessoais e construções de vivências humanas é usado para entorpecimento próprio com as distrações superficiais possibilitadas pelo digital.

Todavia, o uso excessivo das telas não é percebido apenas em adolescentes. Até mesmo as crianças menores de 12 anos já estão apresentando sinais maléficos resultantes de um consumo excessivo dos aparelhos tecnológicos. O neurocirurgião Felipe Mendes afirma que o uso prolongado do celular pode causar alterações cerebrais significativas, que afetam tanto a saúde física quanto a mental. Problemas psicológicos, insônia, complicações oculares e de postura são apenas alguns dos problemas acarretados, segundo o site Global Med. Além, é claro, de atrasos cognitivos e perda de experiências significativas e essenciais para o desenvolvimento infantil.

          Ademais, as crianças com posse das telas não estão apenas expostas aos perigos do exílio do mundo real onde poderiam encontrar conforto verdadeiro para os desafios da vida. Segundo o site do município de Bragança (SP), as crianças diante das telas, sem a vistoria dos pais, estão expostas também a violação de privacidade, tornando-se em presas fáceis para pedófilos, além de se colocarem em situações que são mais sujeitas ao bullying virtual e ao acesso a pornografia.

Desse modo, é possível chegar à conclusão de que o avanço tecnológico pelo mundo conseguiu prover alto amparo ao ser humano em vários níveis. O aparelho celular e a Internet, de fato, possuem grande utilidade nos tempos modernos e contribuí imensamente com a comunicação, resolução de problemas, e claro, entretenimento, de qual precisamos em certa medida. Entretanto, cabe a nós olharmos para o outro lado desse fenômeno e perceber os riscos e perigos envolvidos nesses avanços, bem como os exageros para que tenhamos mais responsabilidade em nosso uso do digital, não mais recorrendo a elas como fugas da realidade. Precisamos equilibrar as funções do digital para não perdermos a experiência do mundo real.

Ana Luiza Bonadio Roman é aluna da (2ª Série 1 EM)


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