O mestre Dom Quixote
O título da minha exposição de agora, traz o nome de uma personagem famoso da literatura universal: “Dom Quixote de La Mancha”, escrito pelo autor espanhol Miguel de Cervantes. O fidalgo Alonso Quijano ou D. Quixote, queria se tornar um cavaleiro andante de brilhosa armadura e assim se lançou em diferentes aventuras. Tinha o ideal ou sonho de resgatar a honra, o heroísmo, a coragem de lutar por algo nobre, a pureza de coração e a dedicação as boas causas, em uma época árida e vazia de tais sentimentos e virtudes, não muito diferente da nossa atualidade. Mas quem é o nosso mestre Dom Quixote, que determina o título da exposição de ideias de hoje? Respondo inicialmente que este mestre é de carne e osso, mas não deixa de ser um cavaleiro andante. Em seguida, aponto que se trata de um conhecido e eminente cidadão de Paranavaí: O prof. Felipe Luiz Gomes Figueira. Um destacado docente, poeta, intelectual e colunista deste jornal. Por sinal, o nome D. Quixote é título do livro inédito de poesias compilado por Figueira. Destaco que assim como D. Quixote, o prof. Felipe Figueira cavalga em seu Rocinante que representa a esperança de avançar para dias melhores e por eles lutar. Sua lança é bifurcada: uma ponta é a sua intensa poesia escrita em cada linha com sangue. A outra ponta representa sua contundente e coerente reflexão crítica. Sancho Pança é sua mente em constante pulsão que o desafia sempre ao “Torna-te quem tu és”, o libertando do academicismo poeirento que muito atrapalharia sua cavalgada, o revestindo de forte determinação, aliada a uma inegável humildade intelectual. Os gigantes combatidos por nosso mestre e que muitas vezes se disfarçam em moinhos de vento, passando desapercebidos, são a ignorância, a indiferença, a hipocrisia e a erudição. São inimigos atacados em seus escritos, tanto na poesia quanto na educação. Ressalte-se que Felipe Figueira não apenas dá aulas. Seu ideal de luta passa pela busca em formar cidadãos e seres humanos melhores, para que seja possível a construção de um mundo mais eticamente honrado, bondoso e compartilhável por todos. Por tal objetivo, nosso mestre D. Quixote, continua cavalgando e travando suas batalhas. Pode-se questionar: seu objetivo não passaria de um sonho? Termino respondendo: “Se assim for, por este sonho vale a pena cavalgar!”
Rogério Luís da Rocha Seixas
Rogério Luís da Rocha Seixas é Biólogo e Filósofo Docente em Filosofia, Direitos Humanos e Racismo Pesquisador do Grupo Bildung/IFPR e-mail: rogeriosrjb@gmail.com