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O aborto da razão


Por: Assessoria de Imprensa
Data: 01/03/2019
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"Um cemitério apenas pode estar povoado de fantasmas de mortos, mas existem casas que se encontram povoadas de fantasmas de não-nascidos." G. K. Chesterton, A Miscellany of Men

De todas as mazelas que já feriram a criação divina, o aborto é sem dúvida alguma a maior de todas elas. Entre discussões que beiram a loucura em nome da liberdade e ataques desesperados que beiram a bestialidade em nome de direitos, pessoas abandonaram a razão em nome de uma agenda. A proclamação do "direito" ao sexo livre não pode ser livremente exercido sem que se afaste o direito dos filhos à vida.

Não há outra explicação que possa ser entendida às custas de uma resposta direta que ofenda intimamente àqueles que se sentem os representantes da liberdade humana: a razão foi abandonada em nome de uma besta de várias cabeças. Não se trata mais de um debate formal e com princípios lógicos. Trata-se de uma luta do bem contra o mal. 

Os debates em torno do aborto, para que sejam minimamente racionais, deveriam responder à seguinte questão: o feto no ventre da mãe é ou não um ser humano?

Para os que dizem que se fará um ser humano apenas quando a alma entrar no corpo, a surpresa vem de que a alma é a própria vida do corpo e não algo alheio a ela. Para que a alma pudesse entrar no corpo, ele, antes desse momento deveria estar morto. Existe algo mais maluco?

Há ainda os que defendem que o feto, antes de os três meses, não se distingue em nada de um feto de macaco. Desses, só podemos esperar que aguardem com surpresa, quando não realizado o aborto, que talvez possa sair dali, no momento do parto, um lindo chipanzé, ou então um filhote de jacaré, já que um amontoado de células não pode ser considerado um ser humano. A abstração de uma fase da vida humana não pode ser levada em conta como argumento, seja ela inicial ou final. Não seria muito racional encontrar numa tumba de milhares de anos os restos de um cadáver e declarar: “Não passa de um amontoado de cálcio”.

Para os últimos, que gritam “meu corpo, minhas regras!”, fica aqui uma explicação: o motivo de seu protesto não é o seu corpo e, consequentemente, não são suas regras. Da mesma forma que não podem ser suas regras a linda declaração de que é um direito seu a decisão de cometer ou não um homicídio. Afinal, descartadas as últimas hipóteses sobre a defesa do aborto, qual a diferença entre matar um ser humano na barriga de sua mãe ou depois que saiu dela?

Por: Lucas de Oliveira Fófano, Sertanópolis - PR


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