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Minha conversa com o Carlos


Por: Rogério Luís da Rocha Seixas
Data: 08/04/2024
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O título deste novo texto, faz referência a uma experiência enriquecedora e surpreendente que eu tive: minha conversa com o Carlos! Mas para começar, quem é o Carlos?  E qual foi o local desta conversa? O Carlos trabalha em uma pequena cantina na UERJ, servindo suco, salgados e café. Neste dia, eu resolvi tomar um cafezinho, exatamente neste local de trabalho do Carlos.

Após um bom dia, por sinal um dia muito quente na cidade do Rio de Janeiro, o seguinte comentário foi tecido pelo Carlos: “Este calor está insuportável! Estão dizendo que vai chover, mas não sei não, com a bagunça que estamos fazendo na natureza, acho que não sabemos mais nada! E a tendência é só piorar! O Carlos sintetizou de forma simples, porém objetivamente e criticamente, este momento onde atravessamos uma crise ambiental e climática sem precedentes, na história da humanidade. Expôs também em sua análise, a nossa visível impotência e a desconfiança em referente a capacidade humana de “prever” mudanças nas condições climáticas, devido a bagunça que estamos fazendo com o “ambiente natureza”. Carlos termina, expressando a visão pouco otimista, para o futuro em relação a esta crise ambiental

A partir desta parte inicial da conversa sobre a crise ambiental-climática, Carlos comenta em como as pessoas reclamam de andar de metrô, trem e ônibus, no calor e nestes transportes lotados. Carlos então destacou: “Muitos que estão em casa desempregados, gostariam de pegar ônibus e metrô lotados, para ir trabalhar e ganhar seu dinheiro”. Percebe-se que em seu comentário, nosso Carlos, simultaneamente, critica o mau hábito humano de muitas vezes reclamar por tudo, sem nenhuma razão, além de destacar a situação de desemprego, que atualmente afeta a muitos e partindo da visão de Carlos, gostariam de pegar ônibus e metrô lotados, mesmo com o calor, mas satisfeitos por estarem indo trabalhar. Gratos por estarem empregados!

Em seguida, o nosso amigo, observa: “A excessiva facilidade que o celular e as máquinas em geral, proporcionam, tornando as pessoas preguiçosas e infelizmente, cada vez mais dependentes destas coisas”. Observações e críticas bem contundentes, além de corretamente formuladas, referindo-se a uma atualidade “on-line”, onde tudo conseguimos facilmente, mesmo que não sejam coisas tão positivas e que nos levam a um estado de preguiça, acomodação e dependência. Eu basicamente, ao longo de toda a conversa, apenas ouvi! Em seguida, agradeci e me despedi! Logo depois, fui assistir a palestra de um renomado professor...Confesso que fiquei ansioso para retornar a conversar com o Carlos.

Rogério Luís da Rocha Seixas

Rogério Luís da Rocha Seixas é Biólogo e Filósofo Docente em Filosofia, Direitos Humanos e Racismo Pesquisador do Grupo Bildung/IFPR e-mail: rogeriosrjb@gmail.com


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