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Maio Laranja: combatendo a exploração e o abuso sexual infantil


Por: Ana Maria dos Santos Bei Salomão
Data: 16/05/2024
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A Campanha Maio Laranja, vêm para conscientizar sobre a importância do combate ao abuso e a exploração sexual de crianças e adolescentes.

        O mês de maio foi escolhido porque no dia 18 de maio de 1973, uma menina de 8 anos de idade chamada Araceli Cabrera Sánchez Crespo, foi sequestrada, drogada, violentada sexualmente e assassinada, em Vitória no Espírito Santo. Seu corpo foi encontrado seis dias depois desfigurado por ácido e com marcas de violência e abuso sexual.

        Assim o dia 18 de maio, é tido como o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual no Brasil.

        No ano de 1991, os três réus acusados de matar a menina foram absolvidos e o crime permanece impune até hoje.

        E como símbolo da campanha, foi escolhida uma flor de cor laranja, como forma de recordação dos desenhos feitos na infância e lembrança da delicadeza e da necessidade de cuidado e proteção.

        Fonte do Ministério da Saúde (MS), aponta que 68% dos casos de violência sexual contra crianças de 0 a 9 anos no Brasil, são causados por familiares e conhecidos. Os números impressionam, de acordo com a mesma fonte já referida entre 2015 e 2021 o país registrou mais de 200 mil casos de abuso sexual contra crianças e adolescentes.

        A casa das vítimas que deveria ser local de abrigo e proteção, onde as crianças e adolescentes deveriam se sentir acolhidas, em sua maioria das vezes é sinônimo de terror e angústia, de acordo com dados do MS, 70,9% dos casos de violência sexual contra crianças de 0 a 9 anos de idade, e de 63,4% dos casos de pessoas de 10 a 19 anos, acontecem dentro de suas próprias casas.

        É preciso proteger nossas crianças e adolescentes, esteja atento aos sinais, como:

- Mudança de comportamento: como alteração de humor, agressividade repentina, vergonha excessiva, medo ou pânico.

- Proximidades excessivas: é comum o abusador costumar ganhar a confiança da vítima, ele manipula emocionalmente a vítima. Esteja atento a pessoas mais velhas que queiram ficar muito próximas a elas.

- Comportamentos infantis repentinos, se a criança voltar a ter comportamentos infantis que abandonou outrora.

- Silêncio predominante, é muito importante ensinar a criança a não manter segredos com o seus pais.

- Mudanças de hábitos súbitos: como sono excessivo, falta de concentração, aparência descuidada.

- Queda no rendimento escolar.

- Traumatismos físicos: como marcas de agressão, infecções sexuais transmissíveis e gravidez.

- Enfermidades psicossomáticas: como problemas de saúde de fundo psicológico ou emocional, como: dores de cabeça, erupções na pele, vômitos e dificuldades digestivas.

- Comportamentos sexuais: quando as crianças apresentam interesse por questões sexuais ou que façam brincadeiras de cunho sexual, ou usam palavras, ou desenhos que se referem às partes íntimas.

Estes são alguns sinais que podem indicar abuso ou violência sexual, caso perceba algo errado, denuncie. Você pode fazê-lo através do telefone: Disque 100, ou pelo site: ouvidoria.mdh.gov.br/, ou ainda pelo aplicativo: Direitos Humanos Brasil.

A cada uma hora 3 crianças são abusadas sexualmente no Brasil, não se cale, não seja conivente, denuncie.

 

Ana Maria dos Santos Bei Salomão

Responsável pela Coluna Saúde em Pauta.


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