Osvaldo Eberle Neto

(Aluno do 4º ano de Agroindústria no IFPR campus Paranavaí)

Você sabe, não sabe?

Sabe, não sabe?

Sabe como tudo isso acaba.

Você já viu isso antes.

Agarre-se a esses instantes

Em que vês que o barco já furou,

Em que vês que tudo se acabou.

Agarre-se a eles e não se solte,

Pois será neles tua salvação.

Será aí que a esperança arderá novamente.

Diga-me: quando vais perceber que sua mandíbula já chegou ao limite?

Quando vais perceber que suas noites não existem?

Diga-me.

Quantas vezes será preciso que tu subas nas tuas mentiras para sentir a dor da queda?

Quantas vezes você fugirá do espelho com medo de si mesmo?

Você sabe que está deixado a esmo.

Diga-me: quando vais perceber que ignorar uma derrota não a desfaz,

Chorar por ter perdido não trará nada de volta,

Morrer por ter fracassado não te fará vencedor.

Diga-me.

Você conhece o caminho.

Levante-se, seu miserável, levante-se.

A razão que você possui não é mero enfeite. Use-a.

Não faça desfeita de um presente Divino.

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