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Liberdade, Responsabilidade e Vacina


Por: Rogério Luís da Rocha Seixas
Data: 28/01/2021
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Liberdade, Responsabilidade e Vacina

Inicialmente ressalto, ao apresentar esta nova exposição de ideias, que a questão da liberdade é antiga e essencial na nossa história e existência. O sentido de liberdade não é único, pois apresenta a noção de liberdade política, liberdade legal e ética. Pretendo desenvolver nossa exposição, tratando a liberdade no sentido ético, que alguns denominam de livre-arbítrio, com uma conotação mais religiosa. Ora! Nós temos a nossa liberdade de escolha e ação. Recusar ou aceitar uma determinada situação. Contudo! A liberdade encontra-se implicada com a responsabilidade exatamente pelo seu exercício. A responsabilidade de exercermos nosso direito à liberdade, sempre terá efeitos sobre nós e nos outros que convivem conosco em sociedade. Interessante que a própria noção de liberdade em nossas sociedades pode ser assim expressa por uma citação do filósofo Herbert Spencer: “A liberdade de cada um termina quando começa a do outro!” Esta expressão de liberdade no sentido bem liberal, não se encontra isenta de conflitos e por isso, a estrutura jurídica precisa se fazer presente nos corpos sociais, para garantir que a liberdade de alguns não solape a de outros. Bem! Mas no sentido mais ético, quando exerço minha liberdade, enquanto ser social, há consequências para outros.  Então vejamos! A vacinação contra a Covid-19, com todos os problemas, se inicia em nossa sociedade. Tomar ou não a vacina, foi colocada como uma expressão de liberdade, afinal não é obrigatória. Porém, estamos nos referindo a uma pandemia de altíssima transmissão e letalidade.

 Penso que ao se exercer a liberdade de não tomar a vacina por medo, ideologia ou negacionismo, não se expressa de fato enquanto um exercício de liberdade! São fatores que ao contrário coíbem e interferem na autonomia dos sujeitos de pensar sobre suas escolhas e tomada de condutas de modo livre. Penso que devemos buscar informações em fontes competentes e especializadas sobre as vacinas! Refletir sobre as motivações e interesses dos que se colocam contra a vacinação! A atitude de não se vacinar, sendo esta outra posição minha, que pode ser obviamente contestada, também espelha uma ação de irresponsabilidade com relação ao direito à vida, tanto do indivíduo que se recusa a ser vacinado quanto os que se vacinaram, mas que ficam expostos a alguém que potencialmente pode ser infectado e continuar transmitindo o vírus. Assim sendo, penso que a liberdade neste caso, se exerça de fato ao se focar no objetivo e exercício em participar da promoção de um cuidado com a saúde, ao mesmo tempo individual e do corpo social, objetivando a liberdade de se permitir viver.    

 

 Rogério Luís da Rocha Seixas

Rogério Luís da Rocha Seixas

Rogério Luís da Rocha Seixas é Biólogo e Filósofo Docente em Filosofia, Direitos Humanos e Racismo Pesquisador do Grupo Bildung/IFPR e-mail: rogeriosrjb@gmail.com


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