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Janeiro roxo: diga não ao preconceito - Hanseníase tem cura


Por: Ana Maria dos Santos Bei Salomão
Data: 27/01/2022
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Sempre no último domingo do mês de janeiro, é comemorado o Dia Mundial de Combate e Prevenção da Hanseníase, que neste ano será no próximo dia 30. Tema de muita importância, haja visto que, o Brasil ocupa o segundo lugar no ranking mundial dessa doença, só perde para a Índia.

            Por ano são diagnosticados 30 mil novos casos da doença. Embora seja uma doença milenar, descrita e conhecida na bíblia como lepra, ela só foi descoberta em 1873, por Gerhard Hansen, médico e bacteriologista norueguês, foi ele quem descobriu e isolou, o bacilo causador deste mal. Assim, a doença passou a se chamar Hanseníase em homenagem a ele.

            Com a descoberta do bacilo, veio o tratamento. Preocupados com os vários casos, o preconceito e o estigma que a doença tem, em 2016 foi criada no Brasil a campanha Janeiro Roxo, que visa orientar, diagnosticar novos casos e combater o estigma e o preconceito contra as pessoas portadoras da doença.

            Infelizmente, com a pandemia, muitas pessoas deixaram de procurar as unidades de saúde, para serem diagnosticadas e tratadas. E esta campanha vem alertar a população, que procurem ajuda, caso for necessário.

            O Ministério da Saúde anunciou na terça-feira (25), ações em prol da campanha, como a inclusão de teste rápido para detecção de hanseníase no Sistema Único de Saúde (SUS), segundo o ministro Marcelo Queiroga, o país será o primeiro a adotar esse tipo de exame no mundo, o que é um grande avanço no combate da doença.

            Queiroga afirmou orgulhoso que: “É uma grande conquista, porque o sistema de saúde de acesso universal, tão abrangente como o nosso, é o primeiro país do mundo a incorporar esses exames e oferece-los gratuitamente à população”.

            Além deste teste, mais 2 novos testes foram incluídos, um novo protocolo clínico para profissionais de saúde, com diretrizes para o tratamento será publicado em março, qualificação de médicos da atenção básica e a implementação do Telehans, foram incluídos pelo Ministério para reforçar o combate da doença.

            A Hanseníase tem cura, e seu tratamento é de graça pelo SUS. E atenção: após iniciar o tratamento, o paciente não transmite mais a doença. Ou seja, depois de iniciado o tratamento, não há motivo para isolamento nem preconceito por medo de contaminação.

            Agora, é preciso iniciar o tratamento logo no início da doença, o tratamento feito com antibióticos não reverte os danos neurais e sequelas causadas pelo diagnóstico tardio. Ela não é fatal, porém, ela maltrata, e se não diagnosticada precocemente ela deixa sequelas e sinais visíveis na pele e no corpo, por causa do comprometimento nos nervos.

            Os sinais e sintomas são:

- Manchas esbranquiçadas, amarronzadas e avermelhadas, na pele;

- Perda de sensibilidade à dor, térmica e tátil na pele (a pessoa simplesmente não sente dor, calor ou frio, nas manchas);

- Sensação de fisgada, choque, dormência e formigamento ao longo dos nervos dos membros;

- Inchaço e dor nas mãos, pés e articulações;

- Dor e espessamento nos nervos periféricos;

- Redução da força muscular, sobretudo nas mãos e pés;

- Caroços no corpo;

- Pele seca;

- Olhos ressecados;

- Feridas, sangramento e ressecamento no nariz;

- Febre e mal-estar geral.

            Caso o diagnostico for confirmado, é bom orientar as pessoas próximas a você, para serem examinados e acompanhadas por um médico, (familiares, amigos e colegas de trabalho). A Hanseníase é transmitida pelo ar, através de gotículas e sua evolução é lenta, podendo aparecer os sintomas depois de anos, cerca de 5 anos a 7 anos.

            Pequenos cuidados, fazem a diferença, então, fique atento aos sinais e sintomas, e procure o médico caso perceba algo de errado. Lembre-se o diagnóstico precoce leva a cura da doença.

 

Ana Maria dos Santos Bei Salomão

Responsável pela Coluna Saúde em Pauta.


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