Intolerância religiosa em nossa atualidade
Quando apresento no título desta nova exposição de ideias, o tema referente à intolerância religiosa, ainda persistente em nossa atualidade mundial, destaco que tal intolerância apresentou crescimento em nossa sociedade brasileira entre 2023 e 2024. Tal problema acompanha a história da humanidade desde tempos longínquos. Intolerância religiosa sempre marcada por violência e conflitos sangrentos. Neste sentido, penso que não cabe mais em nossa atualidade mundial e nacional, a atitude de ser intolerante contra a crença ou fé professada pelos indivíduos, pois uma das grandes conquistas humanas passa exatamente pela liberdade de crença e de culto enquanto direito garantido e protegido por constituições de variados Estados Nações, inclusive no Estado brasileiro, mas que apresenta um índice muito elevado de práticas contra a liberdade de culto e crença.
Se pode questionar, como em pleno ´século XXI, ainda enfrentamos a questão da intolerância religiosa, visto que já foi estabelecido enquanto direito fundamental básico e inviolável do ser humano a liberdade de culto e de crença. Contudo, as perseguições religiosas, as proibições a determinados cultos e crenças, além da violência antirreligiosas, em sociedades atuais, inclusive na nossa sociedade, marcada por uma forte e bela diversidade religiosa, persiste e infelizmente se fortalece, se concretizando em normas e condutas de deslegitimização e desqualificação de crenças e religiões por parte de grupos e organizações ditas religiosos, se colocando de forma odiosa e agressiva contra qualquer um que pratique crenças e religiões diferentes das destes grupos.
O combate a intolerância religiosa, se inicia a partir da atitude de respeito as diferenças e pelo reconhecimento do direito de cada pessoa, ter e exercer sem qualquer impedimento, a sua liberdade de crença. O Brasil juridicamente, na condição de um país laico, havendo a separação entre Estado e religião, na Constituição federal de 1988, mais especificamente no seu artigo quinto, visa estabelecer e assegurar a igualdade religiosa e reforçar a laicidade. Penso que devemos assegurar o diálogo inter-religioso. Defender a liberdade de crença e educar os jovens contra a intolerância religiosa ou contra qualquer tipo de intolerância.