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Homem-Aranha: Através do Aranhaverso


Por: Odailson Volpe de Abreu
Data: 01/06/2023
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Miles Morales está de volta e se você não sabe quem ele é precisa rever seus conhecimentos em relação ao mundo dos super-heróis, sobretudo no cinema. Essa semana, a Coluna Sétima Arte se dedicará a trazer algumas informações sobre Homem-Aranha: Através do Aranhaverso, a nova animação do “teioso” que acabou de chegar no cinema.

Diante das adversidades, presenciamos tempos de empoderamento e luta constante contra o racismo, abordei isso na semana passada quando escrevi sobre A Pequena Sereia e retomo aqui, porque a estreia dessa semana é a continuação de uma franquia iniciada em 2018 que fez muito barulho em relação a isso positivamente no mundo dos heróis. Isso porque o filme Homem-Aranha: No Aranhaverso, de 2018, apresentava ao mundo um herói muito diferente daquele eternizado pelo nerd Peter Parker. Nesse filme quem assumiu o papel de Homem-Aranha foi um adolescente do Brooklin, negro, descendente de latinos e de uma classe social não tão abastada. O melhor de tudo é que o filme foi tão bom em tantos aspectos e seu protagonista era tão carismático que ninguém, absolutamente ninguém, reclamou do Homem-Aranha negro de jeito nenhum. Resultado, esse filme fez história e mesmo tendo sido lançado há longínquos cinco anos, ainda é o principal referencial de animação da atualidade, colocando outros gigantes como a Disney e a Pixar no chinelo.

Homem-Aranha: No Aranhaverso fez tanto sucesso que logrou o Oscar de Melhor Animação no ano seguinte e conseguiu conciliar a opinião do público e da crítica subindo ao patamar de um dos melhores filmes lançados naquele ano. É claro que tanto sucesso não passaria despercebido, por isso, agora chega aos cinemas um novo capítulo da saga de Miles Morales.

Dito isso, vale a pena destacar que dificilmente uma continuação causa o mesmo impacto e burburinho do seu antecessor. Tudo o que o filme tinha de novidade já foi exposto, agora, os fãs devem esperar o bom e velho mais do mesmo, mas com mais profundidade, já que os personagens já são conhecidos. Quando digo, “mais do mesmo”, não se iluda, esse “mesmo” é ótimo e com muita qualidade. Estão de volta no filme que acabou de estrear aquela estética única de 2018, que é uma mistura de cartoon com HQ, frenética, colorida, exótica e totalmente autêntica.

Após introduzir de forma eficaz o conceito de multiverso nessa animação, os diretores Joaquim dos Santos, Kemp Powers e Justin K. Thompson expandem os contatos entre os Homens-Aranhas dos vários universos, dando ênfase para a relação entre Miles Morales e Gwen Stacy.         Por falar nisso, a Mulher-Aranha de Gwen ganha destaque já na sequência de abertura do filme, que vai deixar muita gente sem fôlego.

O roteiro, dessa vez, tende a ser mais sombrio do que o anterior e isso é bom, já que o que se espera é que o jovem protagonista amadureça com o passar do tempo e passe a encarar a vida e enfrentar situações que exijam dele outros posicionamentos. A trama se tornou bem mais complexa e vai exigir mais atenção do público, principalmente dos mais jovens. O problema de um enredo muito complexo é que ele demanda mais tempo para desenvolvimento, algo que os diretores não possuem à disposição, por isso, em muitas cenas as informações ganham um ritmo acelerado, o que compromete um pouco o roteiro como um todo, mas não chega torná-lo ruim. No final das contas, esse ritmo frenético do roteiro se associa ao ritmo frenético da animação e o público acaba se adaptando a ele. Assim, o filme tem muita aventura e ação, mas também tem muito conteúdo.

Essa é uma jornada de amadurecimento e se constrói em cima dessa temática, o bom é que essa jornada acaba sendo chacoalhada pela presença de um ótimo vilão. Como essa sequência é o recheio de um sanduíche, ou seja, ele é o filme do meio entre uma história de origem e um grande desfecho, tende a ter questões inacabadas que só serão resolvidas ao final da trilogia do Aranhaverso, que, ao que tudo indica, chegará em breve. Vamos à trama!

Depois de se reunir com Gwen Stacy, o Homem-Aranha é pego através do Multiverso, onde ele encontra uma equipe de Pessoas-Aranha encarregada de proteger sua própria existência.

Por que ver esse filme? Muitos são os motivos para contemplar a obra no cinema. O primeiro motivo é destinado aos fãs do Homem-Aranha, pois o filme está repleto de easter eggs do universo do Homem-Aranha e isso já basta para deixar todo mundo extremamente feliz. Do mais, o público em geral deve vê-lo porque seu projeto gráfico é incrível e mesmo não sendo mais inédito, ainda é inovador. Sem falar que é muito prazeroso conhecer as variações do Homem-Aranha nos seus múltiplos universos. Aproveite e boa sessão!

Assista ao trailer:

Odailson Volpe de Abreu


Anuncie com Jornal Noroeste
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