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Dia das Crianças: novos rumos, novo normal e o mesmo brincar


Por: Especial para JN
Data: 11/10/2021
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*Lucia Aparecida Tavares dos Santos 

Neste dia 12 de outubro o Brasil celebra tradicionalmente o Dia das Crianças. A data cercada de festividades é também um momento oportuno para colocar a infância em primeiro plano. Sobretudo após a pandemia da covid-19, que nos mostrou o quanto, em diversas realidades e cenários, as crianças foram impactadas. Comemorar esse dia consiste também em pensar soluções conjuntas para que elas sejam prioridade absoluta na consecução de políticas públicas, na preservação do bem estar, da saúde mental e também na proteção de todo tipo de violência. 

Complexo? Pode parecer quando inserimos o peso de tudo que vivemos nos últimos meses, mas as soluções podem emergir das pequenas atitudes e passos diante desse novo normal, em meio ao processo de socialização. Segundo a pesquisa Primeiríssima Infância - Interações na Pandemia: Comportamentos de pais e cuidadores de crianças de 0 a 3 anos em tempos de Covid, as famílias da classe D tiveram o maior impacto, principalmente nos cuidados das crianças até 3 anos de idade. As questões financeiras foram um ponto chave, além de sentimentos como medo, angústia e cansaço. 

Pensando nos últimos tempos, a conexão dos pequenos foi sim modificada. A inserção de novas tecnologias, o tempo em frente às telas, a distância dos amigos e da escola influenciam o comportamento e o bem estar das famílias. As crianças têm seu próprio meio de conexão por meio do brincar. Quando dialogam com a natureza, com os adultos e com seus pares. elas desenvolvem sua imaginação e constroem culturas infantis por meio da brincadeira. 

É aí que inicia um novo caminho e olhar dentro do novo normal e nos novos rumos, do regresso às atividades escolares. É o momento para que a educação na preservação da infância possa garantir currículos potentes com foco nas interações, no brincar e na convivência, e provocar a sociedade sobre a importância dessa etapa na vida de um ser humano. A educação deve ser caminho de aproximação e criação de vínculos entre família, escola e sociedade em defesa da infância e das crianças.

E quando dizemos que a solução, por mais fatores complexos e diversos que apresente, pode parecer singela no seu dia a dia, é porque neste novo normal, podemos utilizar o mais simples brincar para deixar fluir as emoções, os sentimentos os vínculos familiares e de afeto, o fortalecimento da cultura de paz e da comunicação não violenta. Assim, voltando à nossa essência, poderemos fomentar a brincadeira, em seus diversos formatos, para garantir uma infância plena e feliz. Neste dia 12 de outubro é tempo de celebrar e brincar. 

*Lucia Aparecida dos Santos Tavares é Assistente Social e Mestre em Educação, diretora do marista escola social ir. justino 

 


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