Uma nova “brincadeira” virou febre entre adolescentes e vem causando preocupação de especialistas. Dois ao lado fazendo tropeçar o do meio, abruptamente, contra o chão, é pra rir? Queda brutal. Atitude descabida. Ao cair de costas no chão, a vítima pode bater a cabeça e a coluna.

Também chamado de “quebra-crânios”, o desafio da rasteira é de uma idiotice enorme. A modinha de passar a perna para derrubar outra pessoa viralizou nos últimos dias após o youtuber brasileiro Robson Calabianqui dar uma rasteira na própria mãe e postar na internet. Muitos acharam divertido e começaram a repetir.

Especialistas alertaram que a perigosa brincadeira pode até levar à morte. Diante da repercussão negativa, o youtuber, que é conhecido como Fuinha e tem mais de 2 milhões de seguidores, retirou o vídeo do ar e fez um pedido de desculpas publicamente.

Entre os tantos vídeos do desafio da rasteira compartilhados nas redes sociais, um foi gravado em Caracas, Venezuela, e viralizou recentemente. As cenas mostram um menino caindo e batendo violentamente a cabeça no chão. No Twitter, o Colégio Santo Tomás Aquino, confirma que o incidente aconteceu em sua instituição e diz que os estudantes envolvidos e seus representantes foram chamados. O estado de saúde do jovem não foi informado, mas pessoas próximas confirmam que ele está bem, embora o impacto da batida tenha sido forte.

Este não foi o único vídeo que chamou a atenção. Há ainda um que a pessoa é derrubada e fica desacordada e outro em que o adolescente quebra o braço quando cai. As proporções foram grandes e o desafio chegou ao Brasil, onde até os pais entraram na “brincadeira” e estão gravando vídeos dando rasteira nos filhos. Muitas vezes, colocam um colchão para não machucar a criança/adolescente, porém, segundo especialistas, os perigos não deixam de existir.

Derrubar alguém jamais será engraçado. Nem entre amigos. Chego a pensar que alguns humanos estão regredindo. A falta de maturidade e responsabilidade é imensa. Os celulares também se tornaram armas em potencial, pois para viralizar a pessoa precisa filmar/ fotografar e ridicularizar o outro. 

O desafio da rasteira demonstra em partes a sociedade que estamos vivendo. Na grande maioria das famílias, falta atenção, carinho e tempo de qualidade entre pais e filhos. No passado as mães tinham medo e alertavam os filhos, com frases do tipo: - cuidado na rua ao atravessar, - na piscina não vá a parte funda, - devagar com essa bicicleta, dentre outros. Hoje, o medo está dentro de casa, no silêncio do quarto, na solidão de um adolescente e seu celular conectado a internet.

A melhor brincadeira é aquela que não precisamos zombar de ninguém, diminuir, irritar, debochar, desonrar ou constranger. 

Brincadeira é algo para divertir e alegrar. Quando envolve perigos, lesão, dor, desmaios e até a morte, fique esperto.

“Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai”.

Filipenses 4:8

Bíblia Sagrada