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Alimentos gravídicos: Um direito fundamental para a gestante e o futuro da criança


Por: Drª Luana Vasconcelos Herradon
Data: 02/12/2024
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Quando uma mulher descobre que está grávida, surgem inúmeras responsabilidades e preocupações, sendo uma das mais importantes a garantia de uma gestação saudável. A legislação brasileira, em especial a Lei nº 11.804/2008, oferece um amparo essencial: os alimentos gravídicos. Mas o que são eles e como uma gestante pode reivindicá-los?

Os alimentos gravídicos são valores destinados a cobrir as despesas da gestação, que incluem alimentação especial, consultas médicas, exames, medicamentos, transporte e outros custos necessários para garantir o bem-estar da gestante e o desenvolvimento saudável do bebê. Esses valores devem ser fornecidos pelo suposto pai da criança, com base na premissa de que ambos os genitores têm responsabilidade pelo futuro do filho, desde o momento da concepção.

Para muitas gestantes, no entanto, a maior dificuldade está em como obter esses alimentos. Aqui entra a importância de contar com um suporte jurídico qualificado. O processo começa com a comprovação de indícios razoáveis da paternidade. É importante destacar que, nesta fase, não é necessário um exame de DNA, que só será realizado após o nascimento da criança, caso o suposto pai questione a paternidade. Documentos como mensagens, fotos, testemunhos e outros elementos que demonstrem a relação entre a gestante e o suposto pai são suficientes para fundamentar a ação judicial.

Uma vez ajuizada a ação, o juiz analisará as provas apresentadas e poderá determinar o pagamento dos alimentos gravídicos. O valor é fixado com base nas necessidades da gestante e nas condições financeiras do suposto pai, sempre buscando um equilíbrio entre as duas partes. Após o nascimento, os alimentos gravídicos são automaticamente convertidos em pensão alimentícia para o sustento da criança, sem necessidade de nova ação judicial.

Este direito é uma conquista que visa proteger tanto a saúde da gestante quanto o desenvolvimento do bebê. Muitas mulheres hesitam em buscar esse auxílio por desconhecimento ou receio de enfrentar a burocracia, mas é crucial entender que a lei está ao lado delas. Entrar com um pedido de alimentos gravídicos não é apenas um direito, mas uma forma de assegurar um futuro mais estável para a criança que está por vir.

Se você ou alguém que você conhece está grávida e necessita de apoio para reivindicar os alimentos gravídicos, procure um advogado especializa

Drª Luana Vasconcelos Herradon


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