Alerta sobre o Sarampo!
Durante essa semana, uma nova instrução do Ministério da Saúde indica que crianças entre seis e onze meses devem receber a dose zero da vacina contra o sarampo. Além desta dose, as crianças receberão mais duas doses: uma aos doze meses e outra com 15 meses de vida.
Desde o ano passado, sarampo, pólio, difteria e rubéola voltaram a ameaçar a população após anos de erradicação no Brasil.
O sarampo tem crescido assustadoramente. Em 90 dias são 1.691 casos confirmados da doença em 11 estados sendo que São Paulo lidera com 1.662 ocorrências. No Paraná, dois casos foram confirmados e estão em monitoramento pela Secretaria Estadual da Saúde (SESA). Um deles é de uma moradora de Campina Grande do Sul e o segundo caso foi confirmado na terça-feira (20), um homem de 54 anos morador de Curitiba. Ambos passaram por São Paulo.
O sarampo é cruel com as crianças e oferece riscos de complicações sérias pela doença, como: otites, infecções respiratórias e doenças neurológicas. Em casos mais graves podem provocar a redução da capacidade mental, surdez, cegueira e retardo do crescimento.
Os Estados notificaram mais de dez mil casos suspeitos de sarampo para o Ministério da Saúde. Deste total, os exames laboratoriais confirmaram casos distribuídos em onze estado do país e mais de sete mil casos ainda estão em investigação para verificar se é ou não sarampo.
O sarampo era considerado uma doença erradicada no Brasil desde 2016, quando a Organização Mundial da Saúde (OMS) identificou que o país estava havia um ano sem registro de casos do vírus. Porém boletins recentes advertem que está em curso um surto da doença, altamente contagiosa e que pode levar à morte de crianças pequenas ou causar sequelas graves.
Doenças que estavam controladas graças à vacinação em massa ameaçam provocar estragos na saúde pública brasileira caso a imunização sofra baixas.
Em 2017, com o surto da doença nos países vizinhos, o Ministério da Saúde alertou a população para a importância de tomar a tríplice viral, vacina que protege contra o sarampo, a caxumba e a rubéola.
A tríplice viral é uma das vacinas oferecidas de graça pelo Programa Nacional de Imunizações. Dados do Datasus mostram que as coberturas vacinais com doses de reforço estão muito abaixo da meta no Brasil.
De acordo com o boletim epidemiológico da Opras (Organização Pan-Americana da Saúde), o sarampo foi identificado em 14 países entre janeiro e julho de 2019, sendo a maior proporção nos Estados Unidos, seguido do Brasil e Venezuela. Para diminuir a transmissão viral é necessária a imunização. A meta de cobertura vacinal para tríplice viral é de 95%.
No Paraná, a cobertura é de 82% das crianças de 15 meses de idade até julho de 2019, ou seja, 13% abaixo do indicado.
Entendo que ao mesmo tempo em que as mídias sociais estabeleceram uma possibilidade real de interação, as notícias falsas, “fake news”, se espalharam de maneira irresponsável colocando em risco a saúde das pessoas. “Os pais não querem levar as crianças para vacinar. É um risco muito grande”, me confessou uma profissional da saúde.
O momento é de conscientização, é necessário que o básico seja estabelecido. As vacinas são imprescindíveis para a saúde das nossas crianças.
“Filho meu, atenta para as minhas palavras; às minhas razões inclina o teu ouvido. Não as deixes apartar-se dos teus olhos; guarda-as no meio do teu coração. Porque são vida para os que as acham e saúde, para o seu corpo.” Provérbios 4:20-22.