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Agosto Branco: para respirar livremente, pare de fumar


Por: Ana Maria dos Santos Bei Salomão
Data: 25/08/2022
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        Além do Agosto Dourado, este mês outra campanha ganha seu espaço, dada a sua extrema relevância, trata-se do Agosto Branco, que volta seu olhar para a conscientização e Combate ao Câncer de Pulmão.

        O Câncer de Pulmão é letal, e acomete homens e mulheres. Entre a população brasileira é o segundo tipo de câncer mais comum. No mundo, é o terceiro tipo de câncer mais frequente em homens e o quarto mais comum entre as mulheres.

        Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), cerca de 13% de todos os casos novos de câncer no Brasil são de pulmão. Desde 1985 ele é o primeiro câncer em mortalidade no mundo.

        De acordo com o INCA, são esperados para 2022 um total de 30.200 casos novos (17.760 em homens e 12.440 em mulheres), e o número atual de mortes pela doença é quase o mesmo: cerca de 30 mil mortes para câncer de pulmão, por ano, no Brasil.

        Números assustadores e alarmantes, sabe-se que o fumo é a principal causa deste mal, por isso dada a importância e por se tratar um grave problema de saúde pública, em 1986, foi decretado uma Lei Federal de nº 7.488, que institui que o dia 29 de agosto, como sendo o Dia Nacional de Combate ao Fumo.

        E esta campanha não só combate ao tabagismo convencional, mas também aos modernos cigarros eletrônicos, que também fazem muito mal ao fumante. A oncologista clínica Aknar Calabrich ressalta que: “a nova moda do país: os cigarros eletrônicos. Também conhecidos como vaporizadores, eles possuem capacidade de desenvolver dependência da nicotina ainda maior que o cigarro comum, além de causar, em curto prazo, danos respiratórios e cardiovasculares”.

        Como todo o câncer quando mais cedo descobrir, mais fácil e eficaz será o tratamento, porém, a maioria dos diagnósticos são tardios, pois, os sintomas geralmente aparecem quando a doença já se encontra em um estágio avançado.

        Então, é muito importante sempre procurar fazer exames periódicos e consultar regularmente seu médico de sua confiança.

        Pois bem, o cigarro é responsável por 85% dos diagnósticos, porém, outros fatores também podem aumentar o risco para o desenvolvimento da doença, como: exposição à poluição do ar, agentes químicos ou físicos; doenças como enfisema pulmonar e bronquite crônica; fatores genéticos; entre outros.

        Os principais sinais de alerta são: falta de ar, fadiga ou cansaço, perda de peso sem motivo aparente, perda de apetite, tosse persistente por mais de 30 dias, tosse com sangue, escarro com sangue, dor torácica, e rouquidão persistente.

        Se perceber alguns destes sintomas procure o médico, este fará uma investigação por meio de exames clínicos, laboratoriais ou radiológicos, podendo até realizar uma biópsia.

        Depois de confirmada o tumor, será feito o estadiamento da doença, ou seja, investigar se o tumor não se espalhou para outros órgãos ou tecidos, formando metástases.

Só depois de conhecido o estadiamento, pode-se tratar. O tratamento inicial é feito através de cirurgias, mas, dependendo da situação, pode ser necessário agregar outros tratamentos como a quimioterapia, a radioterapia, a imunoterapia, e a terapia alvo, podendo ser combinadas ou não, às vezes nem é preciso fazer cirurgia, cada caso é um caso.

O tratamento é definido por uma equipe multidisciplinar que analisa cada caso composta geralmente por fisioterapeuta, pneumologista, oncologista, fonoaudiológico, psicólogo e nutricionista.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), mais de 30% dos cânceres podem ser evitados com a adoção de um estilo de vida saudável, portanto a prevenção é evitar o tabaco e estar próximo a um fumante, pois, o não fumante ou fumante passivo corre o risco de desenvolver a doença já que inala sem querer a fumaça. Tenha uma dieta balanceada, faça exercícios físicos. Evite se expor a agentes químicos como: urânio, arsênico, cromo e cloreto de vinila.

Se você fumante é hora de parar, tome coragem e decida em prol da sua saúde, se precisar de ajuda, não se acanhe e procure por auxílio. Vá até um psicólogo, a um médico ou uma UBS, o SUS oferece tratamento gratuito para ajudar você a parar de fumar.

Seja forte e corajoso, abandone este vício e respire livremente.

 

Ana Maria dos Santos Bei Salomão

Responsável pela Coluna Saúde em Pauta.


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