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"Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas." O Pequeno Príncipe-Antoine de Saint-Exupéry

 

Com um discurso bem menos inflamado, o presidente eleito Jair Bolsonaro tem falado nos últimos dias sobre o futuro do seu governo. Isso tem gerado uma grande expectativa tanto de eleitores como dos não adeptos (me incluo entre os tais). 

Em uma mensagem de natal divulgada no Twitter no dia 24, Bolsonaro disse que o novo governo vai tentar "restaurar o sentimento familiar". Segundo ele, esse sentimento está "desgastado" na sociedade. 

Foi com discursos conservadores como este que Bolsonaro ganhou a confiança do eleitor. Ele garantiu que vai priorizar os valores da família. Sua esposa, a futura primeira dama, Michelle Bolsonaro também tem acalentado os corações do público evangélico dando entrevistas afirmando que sonha com um “Brasil missionário”. Bolsonaro também desfilou por diversas igrejas evangélicas recebendo a “benção” dos figurões da fé, fazendo com que o público evangélico viesse depositar ainda mais confiança sobre ele e o seu governo. 

No que diz respeito à escolha dos futuros ministros, a escolha do juiz Sergio Moro para o Ministério da Justiça também reforçou a popularidade do presidente eleito. Moro também concedeu entrevistas falando acerca de como deverá pautar  sua atuação no Ministério e garantiu que sua saída da operação Lava Jato não vai afetar a mesma. 

Preocupado com a bancada evangélica, no que diz respeito ao Ministério da Educação, Bolsonaro teve que rever a possível indicação do Educador Mozart Neves Ramos, diretor do Instituto Ayrton Senna. Seguindo o “conselho” do “guru” da direita brasileira Olavo de Carvalho, Bolsonaro optou pelo professor e filósofo Ricardo Vélez Rodríguez como futuro ministro da Educação. A indicação de Rodríguez foi muito bem aceita. 

Vários outros nomes também receberam aceitação dos eleitores, tais como Marcos Pontes (Ciência e Tecnologia), Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos), Paulo Guedes (Economia) entre outros. 

O presidente eleito foi sincero durante sua campanha sempre que afirmou não possuir conhecimento técnico em todas as áreas do governo e garantiu que traria para o seu governo homens competentes para apoia-lo. A meu ver ele cumpriu sua promessa. 

Mas a pergunta que não quer calar é: Jair Messias Bolsonaro vai conseguir corresponder às expectativas dos brasileiros?

A citação que fiz acima "Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas" é do famoso livro O Pequeno Príncipe. Esta obra que é de autoria do escritor francês Antoine de Saint-Exupéry (1900-1944), é marcada pelo seu alto teor filosófico e poético, mesmo sendo considerada a princípio uma literatura para crianças.

O fenômeno de “cativar” algo ou alguém é amplamente abordado neste livro. Esta frase explica que, uma vez que um relacionamento é estabelecido, seja ele amoroso ou de amizade, (ou até mesmo a relação candidato-eleitor) as pessoas se cativam e ao cativar, são responsáveis por ela. Isso significa que o amor ou amizade requerem responsabilidade. No livro, o Pequeno Príncipe cativou uma Rosa que estava plantada no seu pequeno planeta e por esse motivo tornou-se responsável por ela, dando resposta aos seus desejos e caprichos.

Bolsonaro cativou milhões de brasileiros e por esse motivo tornou-se responsável por eles, e terá que corresponder às expectativas dos mesmos. 

Qual será a opinião acerca do Presidente daqui a quatro anos? Não sei dizer, mas espero que ele consiga atender, ainda que em partes, toda essa expectativa. Até lá ficamos na torcida para que o tão sonhado Brasil melhor saia dos discursos e se torne uma realidade. 

Alison Henrique Moretti


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