As eleições municipais de 2024 em Nova Esperança estão marcadas por um cenário político vibrante e promissor, com diversos pré-candidatos despontando e visando ocupar o cargo de prefeito. Contudo, em meio a esse fervor democrático, é essencial destacar a relevância da escolha do vice-prefeito, uma decisão muitas vezes subestimada, mas que pode ser determinante para o sucesso de uma gestão.

No processo político, a definição das pré-candidaturas costuma ser apenas o primeiro ato de uma peça complexa, onde o papel do vice-prefeito emerge como um elemento crucial. Enquanto alguns pré-candidatos visam à obtenção de uma visibilidade momentânea para futuras candidaturas ao cargo de vereador, outros têm em mente a formação de uma chapa coesa e equilibrada, capaz de representar os interesses do município de forma efetiva.

A escolha do vice-prefeito vai além de simplesmente preencher um espaço na chapa eleitoral. Ele é, na verdade, o principal cabo eleitoral do pré-candidato à prefeitura, desempenhando um papel estratégico na conquista de votos e na consolidação de uma base eleitoral sólida. Mais do que isso, o vice-prefeito deve compartilhar das ideias e propostas do candidato à prefeito, garantindo coesão e harmonia na condução do governo municipal.

Outro aspecto fundamental na escolha do vice é a complementaridade de habilidades e características. Enquanto o pré-candidato à prefeitura pode possuir forças em determinadas áreas, é essencial que o vice seja forte nos aspectos onde o candidato principal é mais fraco, formando assim uma dupla capaz de abranger uma ampla gama de competências e perspectivas.

Além disso, o histórico do pré-candidato à vice-prefeito em termos de participação popular e serviços comunitários desempenha um papel preponderante na decisão. A comunidade busca por representantes que estejam genuinamente comprometidos com seu bem-estar e que tenham demonstrado, ao longo do tempo, um engajamento efetivo em questões relevantes para o município.

Neste momento, em meio à janela partidária, onde vereadores e vereadoras têm a oportunidade de trocar de partido visando as eleições, as agremiações políticas estão em um período crucial de definições. As convenções partidárias, que ocorrerão entre julho e agosto, serão o palco onde as decisões finais serão tomadas, e é imprescindível que as escolhas sejam feitas de forma criteriosa e estratégica.

A escolha do vice-prefeito é uma decisão estratégica que deve ser ponderada com cuidado. A análise de critérios como capital político, experiência, sintonia ideológica e histórico de engajamento social é fundamental para garantir uma chapa forte e competitiva.

Ao escolher um vice que complemente as habilidades do candidato a prefeito e agregue valor à campanha, aumentam-se as chances de conquistar o voto popular e construir um governo coeso e eficiente para o município.

·       Alex Fernandes França é Administrador de Empresas, Teólogo, Historiador e Mestrando em Ensino pelo PPIFOR – UNESPAR