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Um compromisso com editoras independentes e novos autores


Por: Dr. Felipe Figueira
Data: 15/10/2020
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Esse texto não se trata de me dar como modelo – a intenção dos meus textos nunca foi esta -, mas de apresentar um compromisso que talvez seja interessante. O compromisso é: adquirir com certa regularidade livros de editoras pequenas e independentes. Com isso, a pessoa, a um só tempo, ajuda tais editoras e conhece novos autores.

            O compromisso anterior surgiu das minhas próprias experiências como escritor, sendo que já encontrei resistências de grandes editoras e os meus livros tiveram abrigo em editoras independentes (e pequenas). As resistências das grandes editoras, que não se reduzem a mim, são das mais diversas: a obra possui o perfil da editora? O autor é conhecido? O trabalho terá aceitação no mercado? O autor fala de temas do momento? Enfim, as questões se multiplicam à exaustão, e como eu não trabalho em editoras, não sei ser exaustivo nas exemplificações.

            Por outro lado, livros de poesia e contos muitas vezes têm as portas fechadas por grandes editoras, que só publicam esses gêneros de autores consagrados, deixando os iniciantes às margens. E são nestas margens, mas sem ressentimentos (ou sem grandes ressentimentos) que editoras pequenas e independentes vivem, recebendo poetas e contistas em um mundo marginal. Talvez seja possível dizer: há mais literatura de risco nas pequenas do que nas grandes editoras.

            Os livros das grandes editoras nos chegam às mãos, os das pequenas nós que temos que buscá-los. É certo que as grandes têm padecido problemas financeiros, e exemplos há aos montes, mas a situação pode ser ainda mais crítica para as pequenas. Há livros em editoras independentes que não chegam a vender dez exemplares, há outros, por sua vez, que vendem quatrocentos (mas são exceções), o que torna a logística – ciência sempre complexa – bastante desafiadora.

            Aliado ao compromisso de comprar livros de editoras pequenas e independentes, veio também outra ideia: publicar resenhas a respeito de tais obras, seja em jornais, seja em revistas acadêmicas, seja nas redes sociais. Com esse tipo de divulgação há uma promoção da editora e do autor, algo que serve de estímulo para que esses continuem produzindo e criando literatura. O referido compromisso pode ser algo de baixo impacto, mas, segundo um célebre ditado, “é melhor pingar do que secar”.

 

Exemplos de editoras pequenas e independentes:

1.      Editora Patuá: https://www.editorapatua.com.br/

2.      Editora Gataria: https://www.editoragataria.com.br/

3.      Editora Reformatório: https://www.reformatorio.com.br/

4.      Editora Desconcertos: https://desconcertoseditora.com.br/

5.      Editora Moinhos: https://editoramoinhos.com.br/

6.      Editora Cousa: https://cousa.minestore.com.br/

7.      Editora Urutau: http://editoraurutau.com.br/

Dr. Felipe Figueira

Felipe Figueira é doutor em Educação e pós-doutor em História. Professor de História e Pedagogia no Instituto Federal do Paraná (IFPR) Campus Paranavaí.


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