Mas todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças, como trapo da imundícia; todos nós murchamos como a folha, e as nossas iniquidades, como um vento, nos arrebatam.
Isaías 64:6

No dia 8 de março de 2021, o Ministro Edson Fachin declarou que todo o julgamento que a operação lava jato fez até então, foi anulado, o que fez do ex-presidente Lula, um possível candidato a presidente da República em 2022.

Aconteceu o óbvio. Pessoas que o defendiam, aplaudiram; os contrários, reclamaram da decisão. Em minha mente passou como um filme todo o esforço feito pela força-tarefa de Curitiba, o juiz Sérgio Moro, a juíza Gabriela, a prisão do ex-presidente Lula, os interrogatórios, enfim, tudo isso foi declarado nulo.

Dá uma sensação ruim; uma confusão mental, ter que aceitar que a justiça humana tem falhas. Porque legalmente, se a justiça errou, Lula é inocente. Se acertou, os juízes que o condenaram, erraram... De alguma forma, não há como enxergar luz nessa treva toda.

Minha função como colunista não é ser enfático nesse assunto jurídico. Outros profissionais da área jurídica estão melhor qualificados para fazê-lo. Não posso também fazer declarações políticas; os cientistas políticos existem para nos ajudar nessas questões, mas é meu dever ponderar sobre as questões espirituais.

São essas questões que esclarecem melhor nosso relacionamento com Deus. O profeta Isaías, ao interceder por Judá, o povo de Deus, declarou em sua oração que, diante de Deus, somos com imundos e as nossas justiças, como trapo da imundícia. Naqueles tempos, a tecnologia não havia ainda produzido os atuais absorventes íntimos femininos; elas usavam trapos de pano para absorver a menstruação. Esses trapos eram conhecidos como trapos da imundícia.

Porquê nossas justiças são trapos da imundícia? É simples; somos imperfeitos. Todas nossas leis admitem brechas. Por causa dessas brechas, o culpado pode ser inocentado e o inocente culpado. Isso abre outra discussão; não há como questionar as coisas de Deus usando a lógica humana. São outros valores. São valores muito profundos; o ser humano deve aceita-los pela fé porque a lógica humana é limitada para compreender completamente.

A fé em Deus ainda é a nossa maior segurança para enfrentar as injustiças dessa vida, porque não é só o julgamento de Lula que nos confunde. Muitas coisas que acontecem conosco são difíceis de entender, mas nada disso altera o controle divino sobre a história do mundo.

Apesar de nossas falhas, dos erros que se praticam aqui, dos mandos e desmandos, Deus ainda é o Rei dos reis e Senhor dos senhores. O final da história já está definido; o mal será destruído, a injustiça será eliminada, a paz e o amor viverão para sempre, porque Deus é paz e amor.

Deus é a verdadeira justiça. O que você conhece sobre justiça, não pode ser apenas o que ocorre neste mundo. Isso não é nada diante da justiça de Deus. Somos menos que crianças brincando, quando comparamos as nossas justiças com a justiça divina.

Se algo não ficar claro para você agora, continue crendo em Deus. Ele explicará tudo. Vale a pena ser fiel até o fim. Estude a Bíblia, faça oração e ajude as pessoas mais fracas que você a buscar a Deus,

Um abraço!

Carlos Roberto de Lima