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Educação em foco: Magistrada e representante do MP dialogam com alunos e professores do Colégio Estadual Costa Monteiro-EFM acerca do Projeto de vida no currículo escolar


Por: Especial para JN
Data: 27/11/2023
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Fotos divulgação

Por Professor Vaudenir Pereira Dias

Iniciamos a nossa reflexão acerca do projeto de vida no ensino escolar, fazendo alusão ao pensador, poeta e dramaturgo inglês do século XVl, William Shakespeare, que diz “quem não sabe onde quer chegar qualquer lugar importa”. O projeto de vida enquanto componente curricular, ofertado no ensino público ou privado tem como premissa trabalhar e desenvolver as competências e habilidades das quais preocupam-se com as questões pessoal, social e profissional do aluno. Portanto, é indubitável que o discente, ao apropriar-se dos saberes intrínsecos a esse componente, passará de certa maneira, a valorar cada lugar ou ambiente que enseja frequentar, nesse caso, o espaço escolar, é tomado como prioridade, pois passa a ser visto por ele como um lugar que abre oportunidades, perspectivando dessa maneira, um futuro melhor.

Nesse entendimento, nas abordagens a respeito das questões pessoais, são propostos aos alunos a busca da conceituação, bem como a importância do autocontrole, autoconfiança, autogestão, autoestima, autoavaliação entre outros. Esses objetos de análises em sala de aula, produzem no alunado a capacidade de desenvolver o autoconhecimento, por conseguinte, podem ser vistos como fatores relevantes para o desenvolvimento emocional dos aprendizes. Para tanto, a soma desses objetos de análises, quando absorvidos e apropriados, ejeta o sujeito aprendiz para além de seu próprio mundo, sabendo nesse caso, lidar com as diferenças, ou seja, “o aprender a viver com o outro”, bem como, aprender a fazer boas escolhas e lidar com as adversidades circunstanciais.

 No intento de desenvolver a parte social do alunado, buscamos nesse sentido, subsídios literários proveniente do componente curricular projeto de vida, que abordam questões que julgamos fundamentais para formação dos discentes, bem como, uma boa convivência em sociedade. Tão logo, para esses fins, apontamos para os termos como: solidariedade, empatia, ética, moral, respeito mútuo, comunicação assertiva e outros, compreendemos que essas formas de produção de comportamento, são necessárias para os educandos, durante e após a formação escolar ou acadêmica. Portanto, a exploração dos saberes contidos no componente supracitado, permite entendermos o quanto são imprescindíveis o uso e a prática desses adjetivos, na busca do bem-estar social do educando. 

Sublinhando as ideias acima, estamos certos que a escola nesse caso, cumpre sua função social, uma vez que esses valores quando acatados pelos discentes e todos os envolvidos no ensino, reproduzem na sociedade o caráter civilizatório. Concatenado a isso, concordamos com Demerval Saviani (2008), quando diz que a escola é um espaço de humanização. Humanizar-se nesse sentido, pressupõe educar-se. Tão logo, parafraseamos o pensador Erasmo de Roterdã século XVl, quando diz: “Negar a educação a uma criança é fazer dela um monstro”, sabemos que o autor nesse contexto está orientando a família acerca da educação do filho, contudo cabe aqui uma reflexão a respeito do papel da escola na formação do aluno para o exercício da cidadania, pois compreendemos que esses adjetivos, são ferramentas imprescindíveis para aquele que  busca alcançar seus objetivos no contexto do projeto de vida.

Somado aos aspectos subjetivos e sociais, apresentamos outro elemento importante que se faz necessário na formação acadêmica dos nossos discentes, tal qual, é visto como aspecto profissional do sujeito. Haja vista, que esta abordagem corrobora com toda proposta pedagógica, validando dessa forma, a função social da escola, ou seja, para além da cidadania, devemos preparar os nossos alunos para o mundo do trabalho. Nesse caso, sob a égide do projeto de vida enquanto componente curricular, faz-se necessário trabalhar, a autovalorização, a comunicação assertiva, trabalho em equipe, empreendedorismo, oratória, entre outros. Portanto, compilando os objetos de análises anteriormente citados, é razoável dizer que juntos formam uma estrutura capaz de instigar os nossos discentes a forjar os seus projetos de vidas, e com isso, desde já trilhar caminhos seguros na certeza que atingirão os seus objetivos, garantindo assim um futuro melhor no que diz respeito a sua subjetividade, ao social e profissional.

Por essa razão, entendemos, o quanto é importante transcender os muros escolares, oportunizando os nossos alunos a conhecer os diferentes espaços públicos e privados da nossa cidade, a fim de colocar em prática tudo aquilo que aprenderam em sala de aula, pautando-se nos aspectos: pessoal, social e profissional. Com base nisso, eu Vaudenir Pereira Dias, na condição de professor atuante no Colégio Estadual Costa Monteiro-EFM, juntamente com os colegas: professor Gilberto Baptista, professora Argentina Z. M. Demiti e professora Eva Luzia M. de Lima, dessa mesma instituição de ensino, tivemos o privilégio de conduzir os nossos alunos dos sextos anos/séries, nesse último dia 20 de novembro (segunda-feira), ao fórum dessa mesma cidade, em que fomos recebidos com cordialidade pelos serventuários da Justiça, Magistrada Dra Ana Lúcia Penhalbell Moraes Juíza de Direito e pelo membro do Ministério Público, Promotor de Justiça Dr. André Del Grossi Assumpção.

Nessa ocasião, para além da explicação a respeito da origem, estrutura e funcionamento do fórum como instância do poder judiciário, com maestria, a Dra. Ana Lúcia e o Dr. André, conforme citado acima, fizeram profundas reflexões a respeito da importância do projeto de vida, bem como, os caminhos para realização dos nossos objetivos. De maneira bem sutil e com muita sabedoria as autoridades, metaforicamente, inclinaram-se em suas abordagens, usando uma linguagem na qual permitiram aos nossos alunos uma compreensão à luz de suas competências. As experiências de vida proferidas pelos representantes do MP e da Magistratura, certamente cravaram nas memórias dos nossos discentes e nesse caso, faço uso das palavras de Paulo Freire (1996) quando diz que: “na sociedade todos ensinam a todos”. Tão logo, momentos como esse, torna-se, atraente no ponto de vista do saber, pois produz no imaginário dos nossos alunos a possibilidade de ser aquilo que desejam ser, portanto, professor, advogado, promotor, juiz ou qualquer outro profissional. Por conseguinte, faz sentido conduzir os nossos alunos aos espaços públicos e privados de modo a desenvolver neles o autoconhecimento, a boa convivência em sociedade e sobremaneira, projetar-se-ão, ao mundo do trabalho com conhecimento e profissionalismo.

Nesse sentido, estamos convencidos que a fala das autoridades vistas acima, reproduziram em nossos alunos o caráter de civilidade, uma vez que na imanência de suas abordagens, foi possível entender, o quanto velam pelo respeito, disciplina, empatia, justiça, solidariedade, direitos, equidade e, sobretudo a ética profissional. A saber, que esses parâmetros também são pressupostos do componente curricular projeto de vida, portanto, agregam valores ao nosso trabalho em sala de aula. Dito isso, nós professores e alunos, estamos gratos e congratulamos, pela disposição das autoridades mencionadas e assessores em abrir caminhos e espaços para nos atender com muito afinco, profissionalismo e humanidade.

Desde então, reconhecemos com muita grandeza todo apoio da coordenadora pedagógica e diretora auxiliar Maria Regina Dosso bem como da diretora Maria Sueli Azevedo Fernandes e todos os colegas, pedagogos e professores dessa instituição de ensino público, que com júbilo tem incentivado o nosso esmero esforço de conduzir os nossos alunos aos diferentes espaços públicos e privados de nossa cidade, a fim de realizar a aplicação na prática, naquilo que representam os pilares do componente curricular projeto de vida, sendo esses, o desempenho pessoal, social e profissional.

·         Professor Vaudenir Pereira Dias é graduado em Geografia pela Universidade Estadual do Paraná. Pós-graduado em Educação Especial pela Faculdade São Bráz Curitiba. Pós-graduado em Neuropedagogia, Psicopedagogia pelo Instituto RHEMA Educação. Possui mestrado em Ensino e Educação pela Universidade Estadual do Paraná. UNESPAR- Campus Paranavaí

 


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