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Educação Ambiental em Foco: Colégio Estadual Costa Monteiro leva os alunos a refletirem acerca da sustentabilidade ambiental


Por: Especial para JN
Data: 14/03/2024
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Por Professor Vaudenir Pereira Dias

A relação homem e natureza tornou-se palco de grandes discussões no século anterior e no presente século, essa relação configurou-se como crise ambiental, muitos ativistas e ambientalistas, estão a anos denunciado essa tragédia. Nesse caso, remetemos ao ano de 1968 para falar da ativista e bióloga norte americana Rachel Carson, que em sua obra “Primavera Silenciosa”, denuncia o uso indevido de produtos químicos na agricultura e pecuária. As denúncias, feitas por essa ativista, desencadearam eventos importantes que marcaram a história, a exemplo disso foi a Conferência de Estocolmo na Suécia no ano de 1972, bem como a Conferência intergovernamental em Tbilisi, na antiga União Soviética. Consideramos que todas essas manifestações foram e são importantes, mas diante do cenário atual a natureza revela que ainda estamos longe de alcançar o equilíbrio ambiental.

O biólogo e ambientalista professor Carlos Frederico Bernardo Loureiro, define a crise ambiental como crise civilizatória, no seu olhar, esse fenômeno é um desgaste moral resultado da ganância do homem no seu contexto histórico atrelado ao modelo de produção capitalista. Sublinhando tais conceitos, nós enquanto sociedade, pagamos um alto preço por essa imoralidade ambiental, assistimos dia após dia o acúmulo de lixo em todo o planeta terra.

Fotos divulgação

No Brasil a produção de lixo chega próximo de 80 milhões de toneladas por ano, isto é resultado do desenfreado consumo do qual somos bombardeados todos os dias, pelas propagandas midiáticas, bem como pela falta de gerenciamento público em não saber lidar com a situação. O sociólogo Zygmunt Baumam enxerga essa realidade como mundo líquido, aponta o consumo exacerbado como a grande causa da produção de lixo no mundo, ancorado no modelo de produção por obsolescência, que nada mais é, que o tempo mínimo de duração de um produto industrializado programada pela própria empresa que deu origem.

Somado a isso, assistimos também o avanço das fronteiras agrícolas colocando em risco as nossas florestas, haja vista, que milhares de árvores estão sendo derrubadas a cada dia, mês e ano. Como é trivial, a floresta Amazônica é palco desse grande desmatamento. Portanto, estamos diante de um cenário desafiador, que é a busca da sustentabilidade ambiental, com vista a garantir a geração vindoura o direito de usufruir e viver em harmonia com a natureza, ao nosso ver, acreditamos tão somente que a educação e a força do Estado são capazes de lograr êxito nessa empreitada que é de toda a sociedade.

Com esse propósito, nós enquanto escola e educadores do Colégio Estadual Costa Monteiro da cidade de Nova Esperança Paraná, buscamos desenvolver aulas práticas por acreditar que esse é o caminho mais fácil, capaz de produzir em nossos alunados a consciência ambiental. Nessa última quinta-feira, sete de março, conduzimos os nossos alunos do componente curricular “Meio Ambiente” ao Parque Jardim Botânico da nossa cidade para mais uma aula de campo. Nessa ocasião foi possível discutir acerca da sustentabilidade ambiental, como se dá o plantio e preservação de flores, arbustos e arbóreas das diferentes espécies dos diferentes biomas do Brasil e que estão plantadas e adaptadas em nosso Parque Jardim Botânico.

Diante do exposto, sabemos o quanto representamos na luta por um planeta sustentável, reconhecemos que somos pequenos em relação aos desafios mundiais, mas estamos certos do caminho que enveredamos, pois somos tomados pela consciência que precisamos fazer a nossa parte. Nisso, consideramos ter dado um passo importante, sendo esse capaz de mitigar a crise ambiental, para tanto, como defende Dermerval Saviani, a educação escolar é nesse contexto um instrumento de humanização, portanto, como educadores, acreditamos na educação como transformadora da nossa realidade, e nesse caso é possível romper com a crise civilizatória e construir um mundo ambientalmente sustentável. 

Sobre o autor:

·         Professor Vaudenir Pereira Dias é graduado em Geografia pela Universidade Estadual do Paraná. Pós-graduado em Educação Especial pela Faculdade São Bráz Curitiba. Pós-graduado em Neuropedagogia, Psicopedagogia pelo Instituto RHEMA Educação. Possui mestrado em Ensino e Educação pela Universidade Estadual do Paraná. UNESPAR- Campus Paranavaí. Doutorando- PGE- UEM.

 


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