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“Eis aqui o meu servo, a quem sustenho; o meu escolhido, em quem a minha alma se compraz; pus sobre ele o meu Espírito, e ele promulgará o direito para os gentios. [...] Não esmagará a cana quebrada, nem apagará a torcida que fumega; em verdade, promulgará o direito.” Is 42:1,3

No decorrer da história da redenção, várias vezes o povo de Deus abandonou a aliança do Senhor e, é claro, o Senhor da aliança. 

O Senhor Deus levantava profetas para pregar àquele povo rebelde a mensagem urgente convocando-os ao arrependimento. Um desses profetas foi Isaías, chamado por muitos de o “profeta messiânico” porque o livro que leva o nome dele está repleto de profecias sobre a pessoa e a obra do Messias que viria (e veio) para salvar o povo de Deus.

Isaías viveu no final do 8º século e início do 7º antes de Jesus Cristo e seu ministério durou por cerca de 50 anos. Ele denunciou o pecado de Israel e Judá, anunciou julgamento, mas também proclamou a mensagem de esperança na graça e misericórdia de Deus, que viria com o Ungido de Deus.

No segundo bloco do livro de Isaías, a partir do cap. 40, encontramos várias promessas de salvação e restauração. O profeta exortou os piedosos remanescentes a buscarem ao Senhor Deus e a cultivarem a esperança pelo reino de Divino que viria com o Messias. O texto bíblico, que destacamos, nos mostra a solene apresentação do Servo do Senhor que traria a justiça divina às nações. 

O Novo Testamento nos revela e identifica claramente que esse servo anunciado é Jesus Cristo (veja Mateus 12.15-21). Ele veio cumprir a missão que nenhum outro homem poderia fazer, uma vez que todos nós somos pecadores e carentes da graça de Deus.  

A descrição da missão de Jesus Cristo e sua relação com o Pai Eterno no texto de Isaías 42.1,3 é impressionante.  

Comecemos pela relação, como descrita no v.1, mas meu propósito aqui é enfatizar a missão. O Servo de Deus é o sustentado, o escolhido, o motivo do prazer de divino e o bendito ungido – Ele é o Messias, o Cristo. 

A passagem de Isaías também nos apresenta a natureza da missão do Salvador. O Servo do Senhor é o justo que estabelecerá a justiça divina sobre todas as nações (Isaías 42.1, 3c, 4). Isso também é uma profecia a respeito do caráter imaculado do Servo de Deus. Nele não há pecado, por isso é o varão designado por Deus para julgar o mundo com justiça. Falaremos mais sobre isso noutra oportunidade.

Quero destacar outro aspecto da incumbência messiânica que o profeta Isaías enfatizou, afirmando solenemente o que o Messias NÃO fará na execução de sua missão. O v.3 diz o seguinte: “Não esmagará a cana quebrada, nem apagará a torcida que fumega”. O Messias NÃO fará essas coisas. Essa ênfase é importante.

Pensemos sobre essa analogia. A cana quebrada não serve para nada. Não é diferente a situação do pavio que está fumegando, pois já queimou o que tinha de queimar. A profecia anunciava, então, que NÃO era a missão de Jesus Cristo pegar coisas arruinadas, fracas, desprezadas e pisá-las, reprová-las e lançá-las fora. 

Com outras palavras, é como se o profeta estivesse dizendo o seguinte: “O Messias trará socorro aos moribundos e aos exaustos”. Exatamente isso que Jesus faz ainda hoje. Essa é a missão do Servo Justo de Deus. Ele dá libertação, vida, valor, significado aos esmagados pelos pecados e pela culpa. Ele é o salvador. Ele veio salvar os falidos. Caro (a) Leitor (a), isso tem tudo a ver com você e comigo. Somos cana quebrada e pavio fumegante. Não temos justiça própria. Somos fracos e carentes de Deus. Mas a boa nova do evangelho é que Jesus é o Salvador prometido. 

Vejam o que William Barclay observa com razão: 

“A cana pode estar quebrada e nem se quer ser capaz de manter-se em pé; o pavio pode ser débil e a luz não passar de uma penumbra. O testemunho de um homem pode ser débil e temeroso; a luz de sua vida pode ser só uma penumbra e não uma chama, mas Jesus não veio para desanimar e sim para infundir coragem. Não veio para tratar aos fracos com orgulho, a não ser com compreensão. Não veio para apagar a chama débil, e sim para ajudá-la a tornar-se uma luz mais clara e potente. O mais precioso a respeito do Jesus é que não é o grande desalentador e sim o grande alentador.” Barclay

Querido (a) amigo (a), ao débil e fraco que buscar a Jesus com arrependimento e fé, Ele se mostrará misericordioso e compassivo porque essa é parte de sua missão. Quem o busca, Ele não lança fora. Talvez o seu momento seja marcado por fraqueza e desânimo. Quem sabe você seja uma pessoa cheia de temor e desalento. Suas forças são poucas e se sente insignificante. Seus pecados lhe atormentam, sua culpa não lhe deixa sequer dormir e segue esmagando seu peito. Quem sabe você não vê mais saída e esperança se foi. Atente para isto: A promessa anunciada por Isaías é uma mensagem que traz consolo e paz ao seu coração. Ele veio para resgatar o perdido. Insisto: Jesus veio por corações falidos. Busque-o e seja salvo. Ele não vai lhe desprezar. Ele não pisará no que já está quebrado, nem apagará a fraca luz. Com certeza, isso é o que Jesus Cristo não faz. 

Azael Araújo

Azael Araújo


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