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“Depois de lhes ter falado, o Senhor Jesus foi elevado ao céu e assentou-se à direita de Deus.” (Marcos 16.19)

Seguindo nossa série sobre a pessoa e a obra de Jesus Cristo, vamos meditar num dos fundamentos mais importantes da fé cristã: a ascensão de Jesus Cristo.

Depois da sua ressurreição, Jesus Cristo se manifestou aos seus discípulos por um período de quarenta dias, e, em seguida, seu Pai o elevou ao céu, diante dos seus discípulos, para a sua presença santa: “Tendo dito isso, foi elevado às alturas enquanto eles olhavam, e uma nuvem o encobriu da vista deles.” (Atos 1.9). 

Jesus predisse sua ascensão em vários momentos. João, por exemplo, registra palavras de Cristo sobre isso: “Que acontecerá se vocês virem o Filho do homem subir para onde estava antes!” (João 6.62; veja também João 14.2,12; 17,5, e outros). Como vimos acima, Lucas registrou o momento da elevação do Messias e, em suas cartas, o apóstolo Paulo celebra esse acontecimento e declara o senhorio de Cristo: “Esse poder ele exerceu em Cristo, ressuscitando-o dos mortos e fazendo-o assentar-se à sua direita, nas regiões celestiais” (Efésios 1.20; veja também 4.8-10; Filipenses 2.9-11; 1 Timóteo 3.16). O autor aos Hebreus também aborda esse assunto e aplica essa verdade, encorajando os desanimados: “Pois Cristo não entrou em santuário feito por homens, uma simples representação do verdadeiro; ele entrou no próprio céu, para agora se apresentar diante de Deus em nosso favor;” (9.24; veja também Hebreus 1.3 e 4.14). 

A importância desse acontecimento é excepcional, pois marca o fim da obra terrena de Cristo e o início da sua obra celestial. Isso traz muitas implicações, mas destacaremos aqui um dos seus aspectos mais importantes: Jesus foi elevado aos céus para assentar no trono à destra de Deus. Sobre isso, o autor aos Hebreus declara “O mais importante do que estamos tratando é que temos um sumo sacerdote como esse, o qual se assentou à direita do trono da Majestade nos céus” (8.1). 

A ascensão comprova que Deus cumpriu sua promessa feita a Davi de que um de seus filhos assentaria no seu trono para sempre (2Sm 7.12-16, e outros). De lá, Cristo governa soberanamente sobre todas as coisas até que todos seus inimigos sejam colocados sob seus pés: “Pois é necessário que ele reine até que todos os seus inimigos sejam postos debaixo de seus pés” (1 Co 15.25). Então, o Redentor reinará sobre novos céus e nova terra. 

Ao ser elevado e entrar no céu, Jesus foi declarado vitorioso e entronizado no lugar de mais alta honra. Os textos bíblicos referentes a Jesus Cristo como estando à direita de Deus, demonstram sua vitória, honra, poder e glória. Talvez, a maior descrição da posição de autoridade que Jesus recebeu ao assentar-se à direita de Deus depois da sua ascensão, foi escrita pelo apóstolo Pedro em sua primeira carta: “que subiu ao céu e está à direita de Deus; a ele estão sujeitos anjos, autoridades e poderes.” (1Pe 3.22). 

Aquele que veio espontaneamente, em determinado momento da história em “estado de humilhação”, esvaziando-se, encarnando-se, sendo deitado numa manjedoura, fazendo-se pobre (2.Co 8.9), sofrendo, sendo tentado (mas sem pecado), sendo desprezado, perseguido, odiado, traído e morrendo morte de cruz para expiar pecados e salvar seu povo, agora, volta ao Pai em “estado de exaltação”, após cumprir cabalmente a sua obra sacrificial perfeita. A sua ascensão ressalta o cumprimento de sua missão e, juntamente com sua ressurreição, é a declaração inequívoca de sua vitória e exaltação sem igual.

É comum a tendência de enfatizar o estado de humilhação e a obra que Jesus realizou durante seus dias aqui na terra e minimizar o seu estado de glória e sua obra que ele realiza hoje à direita de Deus. Geralmente, pensamos na singeleza da manjedoura ou, até mesmo na violência da cruz, mas ressaltamos pouco a ressurreição gloriosa e, menos ainda, a vitoriosa assunção aos céus para reinar. 

Por meio de sua ascensão, do seu trono de poder e autoridade, ele e o Pai derramaram o Espirito Santo de maneira especial (João 16.7-14; Atos 2.33) para conduzir e consolar a igreja, em consonância perfeita com a vontade do Rei Redentor. Além disso, Cristo intercede por sua igreja e a dirige, protegendo-a, fortalecendo-a para que a missão dela seja cumprida integralmente. 

Os crentes devem se alegrar com a posição que o Salvador assume com sua ascensão, à destra de Deus. Num certo sentido, na elevação do Salvador, fomos também elevados. O Senhor Jesus disse “...pois, vou prepara-vos lugar. E, quando eu for e vos preparar lugar, voltarei e vos receberei para mim mesmo, para que, onde eu estou, estejais vós também” (João 14.2,3). A ascensão também nos ensina que o lugar dos discípulos é com o seu mestre e isso acontecerá na Sua segunda vinda (Confira 1 Ts 4.16,17). 

Ou aspecto dessa elevação em Cristo é que se formos perseverantes e fieis a ele,  reinaremos com ele. De tal maneira que ele pode declarar: “Ao vencedor darei o direito de sentar-se comigo em meu trono, assim como eu também venci e sentei-me com meu Pai em seu trono.” (Apocalipse 3.21). E ainda em outro lugar: “se perseveramos, com ele também reinaremos. Se o negamos, ele também nos negará;” (2Tm 2:12). Por isso, devemos nos esforçar para viver a vida de pessoas exaltadas que Cristo confere por sua ressurreição e ascensão. Ao cristão, nenhuma vida é digna, a não ser a que é lá do alto. Somos “lá de cima”. Lá é nosso lar. Portanto, enquanto estivermos aqui, nossa vida deve ter um foco celestial, buscando as coisas lá do alto, onde Cristo vive: 

“Portanto, já que vocês ressuscitaram com Cristo, procurem as coisas que são do alto, onde Cristo está assentado à direita de Deus. “Mantenham o pensamento nas coisas do alto, e não nas coisas terrenas. Pois vocês morreram, e agora a sua vida está escondida com Cristo em Deus. Quando Cristo, que é a sua vida, for manifestado, então vocês também serão manifestados com ele em glória.” (Colossenses 3.1-4). 

Azael Araújo

Azael Araújo


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