E dessa vez eu pergunto a vocês: já fizeram ou fazem uso do cigarro eletrônico? Sabem o que é isso?

São várias as formas de introduzir substâncias cancerígenas em nosso organismo. As mais comuns são através do cigarro, sendo ele de papel, palha, cachimbo, charutos, entre outros. Mas, hoje, falaremos sobre o cigarro eletrônico ou dispositivo eletrônico para fumar (DEF), também são conhecidos como vaper, pod, e-cigarette, e-ciggy, e-pipe, e-cigar, heat not burn (tabaco aquecido) e diversos outros que são nomes criados para tentar burlar a legislação sanitária, onde proíbe o comercio no Brasil.

Como é comum para o ser humano, nós consumimos muitos produtos sem ler as informações do que são feitos. Desafio aqui um dos leitores se alguma vez, leram em uma lanchonete do que é feito o bife de hamburger que está dentro do lanche. Ou ainda, quais são os componentes que estão em um determinado refrigerante que naquele momento está consumindo.

E vocês que fazem uso desse cigarro eletrônico, sabem o que tem no líquido dentro dele? Sim, aquele líquido que coloca dentro do cigarro eletrônico, não é simplesmente água, como muitas pessoas desavisadas acham.

Normalmente, nesses líquidos contém substâncias com a nicotina, propilenoglicol, glicerina vegetal, aromatizantes, essências. Mas, podem conter outras substâncias químicas com um grande potencial cancerígenos, como: formaldeído, acetaldeído, nitrosaminas e até metais pesados.

O médico jornalista, Luiz Fernando Correia, nos fala de uma pesquisa que ocorreu em uma Universidade de Sidney na Austrália, sobre os efeitos dos resíduos de cigarro eletrônico. Diz, que essa fumacinha que muitos falam que são inocente, liberam produtos químicos tóxicos com elas que normalmente são os acetaldeído, aldeídos e a acroelína que é um poluente atmosférico conhecido. Quando esse aparelho é usado dentro de ambientes fechados, esses produtos eliminados através da fumaça são depositados em superfícies, formando uma camada oleosa bastante espessa, também podendo ser absorvida através da pele das pessoas. Através de uma pesquisa com animais de laboratório, chegou à conclusão de que essa fumaça pode produzir danos aos bebês desses animais pesquisados, gerando natimortos e baixo peso ao nascer. Além desses efeitos, também foi pesquisada a resposta imune desses bebês camundongos frente a vírus de uma gripe. Os resultados foram alarmantes onde diminuiu a resposta imunológica.

Volto aqui a perguntar: quem consome esse produto, já estudou um pouco sobre o mal que pode produzir?

Alguns aqui vão querer justificar que é menos prejudicial usar esse cigarro eletrônico do que o cigarro de papel. Falo aqui que a indústria não é do cigarro, mas sim da nicotina e aí, quem acha que irá substituir os vícios, irá continuar viciado na nicotina. Pior, tem muitos adolescentes que mesmo sendo proibido, tem utilizado esse instrumento viciante. Como um vício é condicionante, as pessoas estarão sempre procurando mais e mais. Assim, esses que começam com o cigarro eletrônico, um dia poderão ir para algo mais forte.

Essas pessoas que acham que tudo é inocente, poderiam passar algum tempo no hospital do câncer, ou alguma clínica que faz tratamento de câncer de boca, esófago e pulmão. Quem sabe passaria a acreditar que não são super-homem ou supermulher e passariam crer que o corpo não é imune. Uma doença que já atinge a tantos por exposição a outras substâncias, agora essas pessoas e jovens estão sujeitos as substâncias do cigarro eletrônico.

Tudo o que falamos aqui, mostra o risco que o fumante ativo e o fumante passivo estão sujeitas a essa prática.

Sei que uma voz solitária muitas vezes pode não ser ouvida, mas quando todos nós falamos sobre os malefícios desse instrumento de vício que já trouxe e trará muitos prejuízos para nossa sociedade, poderemos fazer com que as pessoas sérias que querem o bem de todos, também façam algo para impedir a disseminação desse uso. Principalmente entre as crianças e adolescentes.

Juntamente com o mal que causará na saúde do cidadão, vem também o prejuízo econômico com afastamento da pessoa para tratamento de saúde e muitos desses indivíduos cairão no SUS, onde o funcionamento ocorre com impostos que nós pagamos.

Trabalhar sempre para que todos possamos ter saúde plena.