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Polícia Civil de Nova Esperança instaura inquérito para apurar conduta de Influenciador que expôs crianças a situação vexatória


Por: Assessoria de Imprensa
Data: 29/06/2024
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 Foto ilustrativa/ Fabio Dias/PCPR

A Polícia Civil de Nova Esperança instaurou um inquérito para investigar a conduta de um influenciador digital que teria exposto crianças a situações vexatórias. O caso veio à tona após o influenciador gravar um vídeo em uma escola municipal, expondo de forma vexatória crianças.

O vídeo gerou várias reclamações de pais das crianças envolvidas, que denunciaram o ocorrido às autoridades competentes. 

Além do influenciador, funcionárias do Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) onde os fatos ocorreram também estão sob investigação. 

Investigação e denúncias

 O Conselho Tutelar, após tomar conhecimento dos eventos, acionou a Polícia Civil para que fossem tomadas as devidas providências. Segundo relatos, o influenciador teria realizado atividades que expuseram as crianças a situações constrangedoras e inadequadas para a idade delas, tudo com o intuito de gerar conteúdo para suas redes sociais. 

Crimes apurados 

A investigação vai focar em dois crimes principais: abuso de incapaz e submeter criança ou adolescente a vexame ou constrangimento. Os crimes estão previstos no artigo 173 do Código Penal e no artigo 232 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). 

Artigo 173 do Código Penal: 

"Abusar, em proveito próprio ou alheio, de necessidade, paixão ou inexperiência de menor, ou da alienação ou debilidade mental de outrem, induzindo qualquer deles à prática de ato suscetível de produzir efeito jurídico, em prejuízo próprio ou de terceiro: Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa." 

Artigo 232 do ECA:

 "Submeter criança ou adolescente sob sua autoridade, guarda ou vigilância a vexame ou a constrangimento. Pena - detenção de seis meses a dois anos."

 

Investigação e consequências 

O delegado responsável pelo caso destacou que tanto o influenciador quanto as funcionárias do CMEI podem ser responsabilizados criminalmente, caso fique comprovado que agiram de forma a violar os direitos das crianças envolvidas. "Não toleramos nenhum tipo de abuso contra crianças e adolescentes. As investigações serão conduzidas com rigor e imparcialidade para que os culpados sejam devidamente punidos", afirmou o delegado. 

No vídeo, o influenciador oferece dinheiro para as crianças, expondo-as ao ridículo sem que elas tenham sequer conhecimento disto, em razão da baixa idade.

 A Polícia Civil continua colhendo depoimentos e analisando provas para esclarecer todos os detalhes do caso. Enquanto isso, o influenciador e as funcionárias envolvidas permanecem sob investigação, e novas informações poderão surgir conforme o inquérito avança.


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